NOS Primavera Sound 2015: As nossas apostas

| Fevereiro 12, 2015 9:51 pm
Foi em 2012 que a organização do Primavera Sound decidiu partilhar com o Porto alguns dos melhores artistas que se deslocam ao Primavera Barcelona (que comemora a sua quinceañera este ano) colocando desde então a invicta no mapa dos grandes festivais que se realizam em Portugal. Volvidas 3 edições do NOS Primavera Sound (ex-Optimus Primavera Sound) e com a aproximação da 4ª edição, deparamo-nos mais uma vez com a dúvida eterna: quem vem?
A Threshold não tem a resposta a esta pergunta. 
No entanto, nós aqui na redacção sabemos que bandas e artistas queremos ver a actuar no Parque da Cidade. 
 

Duarte Marques do Carreiro

 
Já com algumas décadas de carreira em cima, e depois de serem headliners na 1ª edição do Reverence Valada, os Electric Wizard podem muito bem voltar a passar por Portugal neste Primavera e repetir no Porto aquilo que nos deram no Cartaxo: um concertão do outro mundo.

 

 


 

A par dos Slowdive e dos MBV, os Ride são uma das bandas pioneiras no movimento shoegaze. Mesmo depois da sua separação em 1996, a banda continuou a aumentar a sua base de fãs e com o seu regresso às actuações, o concerto do Primavera será certamente imperdível. 
 

Eduardo Silva

A dupla formada pelo rapper Killer Mike e pelo produtor/rapper EL-P somam dois brilhantes LPs já editados desde o início da parceria, que remonta ao ano de 2015. Ambos artistas com extensas carreiras a solo, agora, em 2015 e ainda com o RTJ2 quente nas nossas memórias, eles trazem mais uma vez à península ibérica a sua lírica acutilante e os beata produzidos pelo EL-P (eu sempre disse que ele era um dos Grandes).
Esperemos que a passagem dos Run The Jewels pelo Primavera Sound desta vez inclua o Porto.

 

 


 

Dylan Carlson é o capitão ao leme dos Earth, um fenómeno do movimento drone-doom.

 

Por várias vezes o colectivo reinventou-se em termos de sonoridade, e, sem excepção, o seu último trabalho — o LP Primitive and Deadly — contou com a presença de elementos vocais nas suas faixas.


A desolação como tema nuclear na sonoridade dos Earth — talvez por algum momentâneo estado depressivo dos músicos, talvez pelas recordações de Kurt Cobain — é a sua assinatura sonora. Ritmos lentos e pesarosos que já tivemos oportunidade de escutar em Portugal por algumas vezes. 

 

Esperemos que 2015 seja o ano do seu regresso.

 

 

 

Das cinzas dos Women, eis que surgiram os Viet Cong

 

Do Canadá não vêm só autênticas orquestras de post-rock nem trios de noise-rock. 


Da Calgary que os viu nascer — e parte deles, morrer — os Viet Cong são um colectivo de post-punk no activo desde 2013. 

 

O EP Cassette marcou o início da sua jornada, que atinge novos patamares com a edição do LP homónimo Viet Cong.

 

Um sábio da internet afirmou que podemos estar perante a banda que dá inicio ao pós do post-punk. Seja como for, estamos perante uma das melhores bandas que o post-punk underground viu nascer. 
Esperemos que o Porto seja um destino para eles, em Junho.
 

Helder Lemos

 

A banda de John Dwyer é, sem dúvida, das melhores bandas da atualidade.
Já andam desde 2005 a lançar pelo menos um álbum por ano e nunca desiludem.
No ano passado, lançaram Drop, um dos melhores álbuns do ano e deram o melhor concerto do Festival Paredes de Coura, por isso nunca é cedo demais para voltarem. 
 
 
Sam France e Jonathan Rado ficaram-nos a dever uma depois de terem anulado a sua presença na edição de 2013 do festival. Apesar de entretanto terem lançado um álbum menos bom que We Are The 21st Century Ambassadors of Peace And Magic, os Foxygen deram um grande espetáculo no Late Show do David Letterman portanto está na hora de virem a Portugal.
 

 

 

Mikal Cronin esteve presente na última edição do Primavera, mas como baixista de Ty Segall. A solo, o californiano escreve canções pop das boas, como é possível constatar ouvindo MCII, álbum que lançou em 2013. Á música melódica de Mikal Cronin caíria que nem ginjas durante uma tarde ensolarada no Parque da Cidade.



Joana Pardal

 

A última vez que o vimos por cá foi no Lux a apresentar o Mature Themes com o seu projecto, Ariel Pink’s Haunted Graffiti. Dois anos foram suficientes para elevar a sua carreira com nome a solo a praticamente todos os tops internacionais com o seu fresco e vibrante Pom Pom.
O artista já marca presença no cartaz do Primavera Sound de Barcelona e dificilmente não fará parte da lista de nomes que serão anunciados por cá, já na próxima sexta. Resta esperar e deliberar se o possível concerto em território nacional nos apresentará o Ariel Pink excêntrico ao qual nos temos vindo a habituar.
 

 


O quarteto de Montreal é uma das grandes expectativas e antecipações para o Primavera.
Com um álbum e um EP lançados o ano passado e críticas a favor, fazemos figas para que a sua visita a Barcelona se prolongue à cidade do Porto. Um dos motivos de grande ansiedade é a expectativa de um concerto que faça jus à sua sonoridade enérgica, efervescente e crua, que nos chocalhe os ossos e nos alimente de adrenalina. Ficamos à espera de confirmação da estreia da banda em Portugal.
 

Júlio de Lucena

 
O fundador do grupo de hip-hop/rap OFWGKTA nunca se estreou em Portugal. Já os espanhóis têm mais sorte que nós e já o receberam em 2011 e este ano marca presença pela segunda vez no Primavera Sound Barcelona. Uma coisa temos certeza, ele está a trabalhar num álbum novo, mas ainda mais importante, será isto um sinal que Portugal vai ouvir pela primeira vez o flow do polémico autor de “Yonkers“?

 

 


 

No ano passado a banda londrina de shoegaze apresentou-se no Paredes de Coura com o seu LP de estreia homónimo e, pelo que ouvi dizer, deram um concertaço pelas margens do Taboão.
Com sorte este ano repete-se mas desta vez no Parque da Cidade do Porto para introduzir-nos ao possível novo álbum que está para vir.

 

 


 

A última vez que os Death From Above 1979 vieram a Portugal foi à edição de 2011 de Paredes de Coura. Estava previsto que voltassem em 2013 no Optimus Alive mas cancelaram o que deixa a banda que fez a música para o sample de “Untrust Us” (RIP Crustal Castles) em dívida para connosco. Se eles vierem ao NOS Primavera Sound só será provada mais uma vez que tudo é melhor no Porto.
 

Rui Gameiro

 


Foi na primeira edição do Primavera Sound no Porto, em 2012, que os Spiritualized, a banda de space rock comandada por Jason Pierce responsável por um dos melhores álbuns da década de 90 — Ladies and Gentlemen We Are Floating in Space nos brindaram com a sua presença. Na altura vieram apresentar o seu álbum Sweet Heart Sweet Light. Era de valor que em 2015 regressassem à Invicta e tocassem algo novo em modo de preparação para o novo trabalho que está previsto para este ano, assim como os clássicos “Come Together”, “Broken Heart”, “Cop Shoot Cop” e mesmo a mais recente “Hey Jane”. O porto quer “dorgas”, por isso façam o favor de nos visitar.

 

 


 


 

A dupla americana de hip-hop, Shabazz Palaces, formada por Palaceer Lazaro e Tendai ‘Baba’ Maraire, que ainda em 2014 esteve em Lisboa a apresentar o seu mais recente Lese Majesty, no Jameson Urban Routes. Tendo em conta que o norte do país também merece ouvir o que de melhor se tem feito no hip hop experimental nesta década, seria um bom nome para se ouvir no palco Pitchfork a altas horas da noite.

 

 


Caso os The Strokes venham ao Porto nesta edição dos NOS Primavera Sound, a probabilidade de Julian Casablancas se fazer acompanhar pelo seu gangue conhecido por The Voidz é bastante alta. Em 2014 foram responsáveis por Tyranny, um disco controverso marcado por muitas experimentações, onde Julian dá asas à sua imaginação ao longo de mais de uma hora. “Human Sadness” é um dos destaque desse novo tralbalho, assim como “Where No Eagles Fly”onde o rock encontra uma vertente sci-fi. Mesmo sabendo que Julian às vezes parece um bocado preguiçoso no que diz respeito a actuações ao vivo, seria interessante ver e ouvir como é que este novo trabalho resulta ao vivo.
 

Rui Santos

 


Após uma actuação em Lisboa o ano passado, o músico inglês poderá voltar ao nosso país este ano. O produtor é um dos grandes nomes da IDM da actualidade e foi o responsável por um dos melhores álbuns de música electrónica dos últimos anos: Immunity, lançado em 2013.

 

Seria uma escolha excelente para fechar o palco Pitchfork num dos dias do festival.

 

Estiveram em Portugal o ano passado antes de lançarem o seu último álbum, El Pintor.
O quinto longa-duração do trio (ex-quarteto) foi um dos melhores álbuns da banda – talvez mesmo o seu melhor – e marcou o seu regresso a uma boa forma, que não alcançavam há vários anos.
Se estiverem presentes no Porto esta Primavera, será um concerto a não perder!
Uma das mais celebradas reuniões realizadas o ano passado. Os American Football são os autores de um dos álbuns emo mais conceituados de sempre e irão proporcionar uma oportunidade única aos seus fãs, se estiverem presentes no NOS Primavera Sound. Esperemos que a sua estreia em Portugal seja confirmada esta sexta-feira.

 

 

Sónia Felizardo

 
O Kevin Morby é certamente um artista a marcar presença na edição de 2015 do Primavera Sound. Não no dia de abertura, mas provavelmente nos fará companhia na tarde de sexta-feira ou sábado. Depois de uma estreia incrível em Aveiro, foi no Porto que nos despedimos com um abraço apertado e uma promessa de regresso. Será que o voltaremos a ver brilhar no Porto?

 

 


 

 

As Babes In Toyland marcaram os anos 90 na cena do punk-rock. As probabilidades da banda passar por Portugal são elevadas já que o trio de Minneapolis anunciou recentemente a reunião para uma tour Europeia, cuja passagem já tem data agendada para o vizinho de Barcelona.
Os The KVB já não são desconhecidos em terras portuguesas. O duo de post-punk composto por Nicholas Wood & Kat Day passou em 2013 pelo Porto e Bragança e encontra-se actualmente em tour europeia. As datas para o Primavera Sound de Barcelona já estão confirmadas. Resta agora saber se Portugal é também escolha para a apresentação de Out Of Body.

 

 

 


Tomás Carneiro


 
Um dos cabeças de cartaz que enchia as medidas a muitos era sem dúvida alguma Antony and The Johnsons. A voz única e mágica de Antony Hegarty aliada aos bonitos instrumentais da banda que o acompanha com a noite no Parque da Cidade e temos uma combinação perfeita para um concerto lindo e memorável em que a perfeição de “Hope There’s Someone” ou de “For Today I Am a Boy” entre muitas mais pode ser ouvida. E para o vosso bem, levem lenços.

 

 


 

 

Depois de nos terem trazido o álbum homónimo o ano passado e de cá terem passado na edição de 2014 do NOS Alive, se os Jungle marcarem presença no NOS Primavera Sound temos festa assegurada para a noite. Malhões como “Time” e “Platoon” prometem animar qualquer palco e nada melhor que acabar um dos dias a dançar.
Já desde 2008 que o caos dos icónicos alemães Einsturzende Neubauten não se faz sentir em Portugal. Uma das bandas mais geniais na arte de harmonizar barulho com início de carreira em 1980, os Einsturzende Neubauten com uma passagem no NOS Primavera Sound mostrariam a todo o público português de como o barulho é bem mais que barulho e temas imensos como ” Feurio!” e ” MoDiMiDoFrSaSo” são apenas dois exemplos do que esta banda conseguiu e ainda consegue.:Fingers Crossed:

 

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