CLINIC
Formados por volta de 1984 em Liverpool pelos actuais guitarristas Ade Blackburn e Jonathan Hartley, e inicialmente conhecidos sob o nome Sunny Rainy Afterlife, foi em 1997 que os actuais membros mudaram o seu nome oficial para Clinic. Em 1999 assinaram a Domino Records que lhes garantiu a edição da compilação de estreia, auto-intitulada, e que incluía os três primeiros curta duração da banda. Um ano depois a banda editava Internal Wrangler, o álbum de estreia, que receberia aclamações excelentes pela crítica especializada. Mas os Clinic ainda estavam a preparar o público para a bela discografia com que nos têm vindo a premiar nos últimos anos. Walking Thee(2002) é para mim, no entanto, o disco que viu os Clinic aclamarem-se como uma das melhores bandas da actualidade e, apesar da mudança de sonoridade que hoje encontramos ao ouvir Free Reign II (2013), onze anos depois, Walking Thee veio trazer um álbum projectado para uma era futura. A introdução e excelente conjugação dos elementos básicos com a melódica e o clarinete desenhou neste trabalho o retrato de um álbum muito desejado a ouvir no próximo dia 2 de Maio em Gaia. A homónima “Walking Thee” não pode faltar.
YUCK
Apesar de existir uma grande quantidade de bandas recentes a tocar indie rock e noise pop, os Yuck foram uma das que mais se destacaram nos últimos anos. Já têm dois LP’s e foram comparados a bandas como Sonic Youth, Dinosaur Jr. e Pavement. Em 2011 lançaram o homónimo álbum de estreia, um disco bastante bom, com malhas como “Get Away” e “The Wall”, duas das melhores músicas da banda. O segundo álbum saiu dois anos depois, já sem o vocalista e guitarrista Daniel Blumberg (agora mais conhecido por Hebronix), mas com a mesma qualidade de anteriormente. Após um concerto em Portugal o ano passado, onde tocaram uma cover da “Age of Consent”, dos New Order, o quarteto está de volta a Portugal e será certamente um dos destaques do Indouro Fest.
WHISTLEJACKET
Prestes a lançar um EP e a marcarem a sua estreia em Portugal, os londrinos Whistlejacket são uma das bandas a ter em atenção no cartaz deste Indouro Fest. Estes britânicos tomam inspiração dos nirvana e do post punk, produzindo o seu próprio shoegaze: uma mistura de noise, entrelaçada com dream pop e psicadelismo. Shoegaze do bom, portanto. Somam dois álbuns até à data — o YULE e um ep chamado EP — e preparam-se para lançar o seu terceiro trabalho: mais um EP. Seria de esperar que uma banda com tão pouco trabalho editado tivesse pouco para mostrar. Mas tal não é o caso. A mistura de todas as suas influências converte-se num output complexo em termos de sonoridade. E dada a sua vinda ao Indouro, estamos perante a oportunidade única de ver uma banda no início da sua franca expansão. Todos seremos testemunhas do que os londrinos são capazes no dia 3 de Maio.
British Sea Power
Os British Sea Power vêm de Brighton no Sul de Inglaterra, localidade junto
ao mar que poderá ter influenciado na escolha do nome, e formaram-se no ano
2000. Sendo uma das bandas inseridas no movimento revivalista do post-punk que
marcou o fim dos anos 90 e o início dos anos 00, foi em 2001 que lançaram o seu primeiro single “Fear of
Drowning”. Este viria a ser incluído no primeiro álbum editado em 2003, The Decline of British Sea Power,
mostrando-se como um óptimo cartão-de-visita da banda, numa altura em que o
indie rock era responsável pelo imenso airplay nas rádios desse mundo. Os
primeiros 5 minutos do álbum começam de uma maneira crua e agressiva, um pouco
a lembrar os The Fall. Essa energia vai-se desvanecendo com o passar das
músicas mas isso não quer dizer que a qualidade também se dissipe. No geral, não
se trata de um clássico, mas mesmo assim representa um trabalho sólido, repleto
de influências dos Pixies, e o melhor que o British Sea Power nos mostraram até
à data.
ao mar que poderá ter influenciado na escolha do nome, e formaram-se no ano
2000. Sendo uma das bandas inseridas no movimento revivalista do post-punk que
marcou o fim dos anos 90 e o início dos anos 00, foi em 2001 que lançaram o seu primeiro single “Fear of
Drowning”. Este viria a ser incluído no primeiro álbum editado em 2003, The Decline of British Sea Power,
mostrando-se como um óptimo cartão-de-visita da banda, numa altura em que o
indie rock era responsável pelo imenso airplay nas rádios desse mundo. Os
primeiros 5 minutos do álbum começam de uma maneira crua e agressiva, um pouco
a lembrar os The Fall. Essa energia vai-se desvanecendo com o passar das
músicas mas isso não quer dizer que a qualidade também se dissipe. No geral, não
se trata de um clássico, mas mesmo assim representa um trabalho sólido, repleto
de influências dos Pixies, e o melhor que o British Sea Power nos mostraram até
à data.