No campismo de Paredes de Coura dois amigos decidem que vão fazer uma banda. Ela faz sapateado, ele toca bateria. Não fazia grande sentido e faltava ali qualquer coisa. Convidam um terceiro que canta e toca guitarra e teclas. Estão três que foi a conta que deus fez.
A ideia inicial era fazer uma banda que fizesse canções sem preocupação de estilos. Até podia haver kuduro progressivo ou metal com ferrinhos, se soasse bem. Depois da estreia na compilação Leiria Calling, de serem considerados a melhor banda nacional do Festival Termómetro, de estarem na final do concurso Nacional de Bandas da Antena 3 e de terem rodado por palcos como o NOS ALIVE e Paredes de Coura, estreiam-se num disco que é uma viagem sonora (sem pausas) como se fosse uma homenagem ao conceito de programa de rádio de autor, com o selo da Omnichord Records.
Se recuarmos às décadas de trinta e quarenta dos Estados Unidos podemos constatar que foram os anos dourados, tanto do sapateado como da rádio, e se há coisa que os Les Crazy Coconuts gostam é de descobrir música nova. Apesar do sapateado ter um impacto sobretudo visual (veja-se um concerto), aqui o trio tenta explorar o conceito de canção e de ritmos, aliando o sapateado a vários géneros musicais, construindo um disco que parece mais uma viagem e menos um conjunto de canções avulsas.
Os Les Crazy Coconuts são Gil Jerónimo, Adriana Jaulino e Tiago Domingues e estão muito satisfeitos com o resultado.