Reportagem: Jameson Urban Routes, 23 de outubro [Musicbox – Lisboa]
Reportagem: Jameson Urban Routes, 23 de outubro [Musicbox – Lisboa]
Outubro 29, 2015 5:04 am
| Reportagem: Jameson Urban Routes, 23 de outubro [Musicbox – Lisboa]
Outubro 29, 2015 5:04 am
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O segundo dia do Jameson Urban Routes apostou numa vertente mais electrónica, apostando numa grande promessa nacional do electropop, os Holy Nothing, nas norte americanas Telepathe, nos skills de DJ de El Guincho e na electrónica ritualista de Nicola Cruz. A reportagem do que se passou na passada sexta-feira segue em baixo.
Os primeiros a subirem ao palco foram os portuenses Holy Nothing, banda que veio até ao Musicbox apresentar o seu primeiro álbum de estúdio Hypertext, editado este mês. O trio presentou o público com o melhor concerto da noite, apresentando uma sonoridade marcada pelo baixo poderoso, pelos diversos sintetizadores, pelas distorções vocais dos 2 microfones e pela guitarra. A componente sonora foi também auxiliado por uma forte componente visual, através de um bom jogo de luzes e vídeo. O destaque do concerto vai para temas como “Rely On”, terceiro single de Hypertext, o qual foi responsável pela dança desenfreada dos que se encontravam na sala, e “Apex”, tema em que umas luzes brancas se ligaram dando um aspecto sci-fi ao acontecimento. Apesar de a sala estar apenas a metade da sua lotação, a banda conseguiu puxar pelo seu público, pelo que podemos afirmar que os presentes ficaram bastantes satisfeito com o que viram.
Às 00h10 entraram em palco o duo norte americano Telepathe, banda de synthpop que iniciou em Lisboa a sua tour europeia de apresentação do segundo álbum de originais editado este ano, Destroyer. Uma na teclas e outra no baixo, que mal se ouviu durante toda a actuação, mostraram os temas do seu novo álbum a um público que não parecia estar muito interessado em ouvir, talvez por desconhecimento ou pela generalidade do seu som que vais buscar influências directas a New Order e a muito do synthpop dos anos 80. O melhor momento ainda foi quando o duo interpretou o tema “Drown Around Me”, a qual nos traz à memória as longas músicas dos The Horrors no último Luminous (2014). Ao fim de 40 minutos o concerto terminou tendo as duas raparigas despedido-se sem alguma emoção.
Pablo Díaz-Reixa, ou El Guincho, como é conhecido no mundo da música, veio até Lisboa não para mostrar o seu mais recente trabalho de estúdio Hiperasia, mas sim para um DJ set, para descontentamento dos seus fãs. Por entre música house, pop, reggaeton e funk brasileiro, passou um versão remixada de “Pop Negro”, tendo sido este o pico da sua actuação.
Nicola Cruz subiu ao palco algum tempo depois e mostrou vários temas que fazem parte do seu álbum Prender el Alma, com edição marcada a 30 de outubro via ZZK Records. Dono de uma electrónica minimalista e tropical, Nicola conseguiu por o público numa estado de dança hipnótica.
Texto e fotografia: Rui Gameiro