Na passada segunda feira fomos ao GNRation, em Braga, para
assistir ao regresso de Tim Hecker ao nosso país. Depois de um concerto
cancelado na última edição do festival Semibreve, o artista canadiano regressou
novamente a Braga para apresentar o seu mais recente disco Love Streams, que
marca a estreia do canadiano pela britânica 4AD, editora de nomes como Cocteau Twins,
Pixies e This Mortal Coil, e que apresenta uma ligeira mudança na sonoridade do
autor de Ravedeath 1972.
assistir ao regresso de Tim Hecker ao nosso país. Depois de um concerto
cancelado na última edição do festival Semibreve, o artista canadiano regressou
novamente a Braga para apresentar o seu mais recente disco Love Streams, que
marca a estreia do canadiano pela britânica 4AD, editora de nomes como Cocteau Twins,
Pixies e This Mortal Coil, e que apresenta uma ligeira mudança na sonoridade do
autor de Ravedeath 1972.
A sala encontrava-se bastante composta e completamente às
escuras quando se começam a ouvir os primeiros sons, ainda quase inaudíveis.
Tim Hecker encontrava-se já em palco, escondido na escuridão. O som torna-se
cada vez mais perceptível e começa-se a reconhecer a primeira faixa, “Obsidian
Counterpoint”, que serve de abertura para o mais recente disco a apresentar.
Linhas de luzes coloridas surgem do fundo das paredes, mas Tim Hecker
mantém-se na penumbra, como se iria manter durante todo o concerto. A música
atinge níveis de volume máximos capazes de estremecer as paredes da Blackbox,
num set marcado pela música ambiente hipnótica de composições minimalistas e
arranjos noise, apresentado num cenário misterioso complementado pelo
jogo de luzes ténue que se vislumbrava pelo meio da escuridão, resultando numa
performance enigmática e propícia a momentos de reflexão e introspeção. Num concerto essencialmente focado em
apresentar o seu mais recente trabalho, houve ainda espaço para “Virginal II”,
do antecessor Virgins, para agrado de alguns fãs que contavam ouvir algum do
trabalho anterior do artista.
escuras quando se começam a ouvir os primeiros sons, ainda quase inaudíveis.
Tim Hecker encontrava-se já em palco, escondido na escuridão. O som torna-se
cada vez mais perceptível e começa-se a reconhecer a primeira faixa, “Obsidian
Counterpoint”, que serve de abertura para o mais recente disco a apresentar.
Linhas de luzes coloridas surgem do fundo das paredes, mas Tim Hecker
mantém-se na penumbra, como se iria manter durante todo o concerto. A música
atinge níveis de volume máximos capazes de estremecer as paredes da Blackbox,
num set marcado pela música ambiente hipnótica de composições minimalistas e
arranjos noise, apresentado num cenário misterioso complementado pelo
jogo de luzes ténue que se vislumbrava pelo meio da escuridão, resultando numa
performance enigmática e propícia a momentos de reflexão e introspeção. Num concerto essencialmente focado em
apresentar o seu mais recente trabalho, houve ainda espaço para “Virginal II”,
do antecessor Virgins, para agrado de alguns fãs que contavam ouvir algum do
trabalho anterior do artista.
O concerto terminou de forma algo abrupta, depois de
ouvirmos a excelente “Black Phase”, que também encerra Love Streams, com o tema a terminar de modo abrupto e pouco subtil, num concerto que falhou
pela sua curta duração contando com apenas 45 minutos de música, deixando um
pouco a desejar para um estilo de música que se quer longo e prolongado. Não
deixou de ser, no entanto, uma bela oportunidade para ver um dos nomes mais
consagrados e adorados da música experimental contemporânea. Apesar da sua
curta duração, a prestação de Hecker foi competente e agradável e reforçou Love Streams como um dos melhores lançamentos deste ano.
ouvirmos a excelente “Black Phase”, que também encerra Love Streams, com o tema a terminar de modo abrupto e pouco subtil, num concerto que falhou
pela sua curta duração contando com apenas 45 minutos de música, deixando um
pouco a desejar para um estilo de música que se quer longo e prolongado. Não
deixou de ser, no entanto, uma bela oportunidade para ver um dos nomes mais
consagrados e adorados da música experimental contemporânea. Apesar da sua
curta duração, a prestação de Hecker foi competente e agradável e reforçou Love Streams como um dos melhores lançamentos deste ano.
Texto: Filipe Costa
Fotografia: Hugo Sousa/gnration