Aqueles álbuns que deves ouvir antes do Super Bock Super Rock #3

| Junho 28, 2016 1:29 am

O Super Bock Super Rock vai este ano para a sua 22ª edição, decorrendo pelo segundo consecutivo no Parque das Nações. Com apenas uma dias pela frente até os dias 14,15 e 16 de julho, está na hora de começarmos a ouvir as bandas e os discos que mais nos marcaram ao longo da vida. 

Fiquem aqui com o conjunto final de escolhas dos álbuns essenciais à sobrevivência no festival à beira Tejo.

The National – High Violet


Há álbuns que são capazes de marcar uma fase da vida, sejam elas fases más ou boas, e nessas alturas há sempre uma banda e um álbum que nos marca, que nós ouvimos sem parar. High Violet é, ou foi, para muitas pessoas, uma dessas bandas sonoras numa fase mais lenta da vida. Os The National são uma banda americana oriunda de Cincinatti, no estado de Ohio. Este seu álbum, High Violet, foi editado no dia 10 de maio de 2013, o que foi na altura o seu quinto registo discográfico. A voz profunda de Matt Berninger, aliada às letras e melodias sentidas, fazem o que são os The National no seu todo. É difícil de salientar duas músicas neste álbum, tanto podiam ser “Terrible Love” ou “Sorrow”, como “Bloodbuzz Ohio” ou “Afraid of Everyone”, sendo de louvar a qualidade conjunta que este álbum tem. 

Os The National são fãs admitidos de Portugal, tendo já dado 11 concertos em terras portuguesas, e preparam-se agora para o seu 12º concerto cá, desta vez no Super Bock Super Rock, onde partilham o estatuto de cabeça de cartaz com os Disclosure no dia 14 de julho. Recomendamos seriamente que não percam este concerto dos The National, eles que se preparam agora para lançar o seu sétimo álbum, e certamente já têm algumas músicas para nos apresentar no palco Super Bock.




Massive Attack – Mezzanine


Os Massive Attack vêm de Bristol visitar-nos uma vez mais, dois anos após o seu concerto no Meco, neste mesmo Super Bock Super Bock. 3D (Robert Del Naja) e Daddy G (Grant Marshall) formam uma das maiores instituições do trip-hop e contam quase com 30 anos de carreira. Um dos maiores marcos dessas três décadas foi Mezzanine, terceiro álbum de estúdio do grupo, editado em 1998. Mezzanine marca uma mudança na sonoridade mais jazz e soul dos seus primeiros trabalhos, Blue Lines e Protection, indo buscar influências ao rock, hip hop e dub. “Teardrop”, “Angel” e “Dissolved Girl” estão entre os grandes destaque deste trabalho repleto de texturas sonoras abstratas e negras. A 15 de julho, o palco Super Bock recebe a dupla britânica que traz consigo os Young Fathers, os quais colaboraram no último EP Ritual Spirit, editado este ano.






Jamie XX – In Colour


Jamie Smith, ou Jamie XX, como é conhecido no mundo da música, editou no ano passado o seu primeiro álbum a solo In Colour. O produtor, parte integrante dos The XX que em 2011 remisturou o álbum I’m New Here do mítico Gil Scott-Heron, demorou 5 anos a compor o seu primeiro trabalho de estúdio. Procurando sempre que In Colour não fosse associado a uma época sonora específica, o resultado final é um álbum de dança a que ninguém fica indiferente, que mistura estilos como UK Garage e o House. O álbum conta com as participações de Romy Madley Croft, também dos The XX, do rapper Young Thug e Four Tet. Smith recorreu também a alguns samples dos media britânicos, utilizando-os nas suas músicas. Temas como “Girl”, “Sleep Sound”, “Loud Places” e “I Know There’s Gonna Be (Good Times)” são esperados no palco EDP, no primeiro dia do festival. É nos lá estaremos para dançá-los.






Capitão Fausto – Pesar o Sol


Os Capitão Fausto são uma banda lisboeta de rock, tendo como influências principais, bandas como Tame Impala e Beach Boys. É claro que o que vocês acabaram de ler aqui, principalmente às pessoas que já conheciam os Fausto, ou que estão em vias de ouvir, não é nenhuma surpresa. O seu segundo álbum de estúdio, Pesar o Sol, catapultou a banda portuguesa para as bocas do mundo, na cena da música alternativa portuguesa. Há várias músicas que se destacam neste álbum, tal como “Celebre Batalha de Formariz”, pela sua energia e letra poderosa, ou “Flores do Mal”, pelas suas longas e leves melodias, que nós fazem viajar no universo até ao infinito. É um álbum que nos apresenta várias facetas, o que é ainda mais perceptível ao vivo, havendo claramente diferenças no público quando a banda toca as músicas referidas em cima. 


Na “Celebre Batalha de Formariz”, o mosh é quase sempre inevitável, enquanto a frase “Deixem os outros falar, só nos dão ideias pa cantar” é cantada em uníssono. Em “Flores do Mal” já é diferente, os olhos fecham-se quase que automaticamente aqui, levando-nos aos sentimentos já referidos em cima, mas ainda mais intensos por ser ao vivo. Tudo isto são razões, mais do que suficientes, para não perderem o concerto dos Capitão Fausto no Super Bock Super Rock. Onde vão actuar no dia 15 de julho, palco Antena 3, ao lado de outros talentos nacionais como Glockenwise, Pista e Basset Hounds. Não percam este palco.


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