Festival Músicas do Mundo – Volta a Sines em um dia

| Julho 6, 2016 5:02 pm

Criado em 1999, o Festival Músicas do Mundo ou FMM tem como principal objectivo mostrar a música que se faz ouvir ao longo do mundo, apresentando um cartaz com enorme diversidade musical, passando desde o Oriente ao Ocidente do globo terrestre.

Explora sonoridades desde o folk ao jazz e muita música alternativa e urbana à mistura frisando daí a sua vertente de exploração de world music. Costuma ser um festival dinâmico, visto que, consegue utilizar muitos dos espaços que a cidade de Sines oferece.

Os palcos desta edição do Festival de Músicas do Mundo serão: o palco do Castelo, a Avenida Vasco da Gama, o Centro de Artes de Sines e ainda a o Largo Poeta Bocage.

Pelo festival já passaram nomes como Gogol Bordello, Angélique Kidjo, The Skatalites e ainda Tom Zé, do vasto leque de artistas de renome mundial que pisaram o solo do festival localizado na costa alentejana.

Explorando o cartaz, iremos falar de Fumaça Preta, Konono N.º 1 meets Batida e dos nossos já conhecidos Islam Chipsy e Filho da Mãe.

Fumaça Preta


Com elementos da Venezuela, Portugal e Reino Unido trazem-nos uma música bastante psicadélica, basta ouvir o álbum homónimo de 2014 que sentimos logo uma certa hipnose a crescer, a fazer lembrar uns Pink Floyd de chinelos e calções a tocar na praia de Copa Cabana graças à batida de bossa nova sempre eminente em cada música. Apesar de serem uma banda de psych-rock prometem muita dança pois quando ouvimos a faixa “Toda Pessoa” recordamos talvez a tropicália brasileira, os Novos BaianosUma banda a ter debaixo de olho e a não perder de vista no meio da fumaça em Sines.

Islam Chipsy


O nosso rei das festas de casamento este ano parece vir de férias para Portugal, depois do Festival Milhões de Festa desce até à Costa Alentejana, mais propriamente Sines, para pôr o público em polvorosa, para aquecer as entranhas como o seu electro chaabi e com os seus EEK, companheiros nesta viagem do Egito até terras lusitanas. É deixar-nos levar pelos sintetizadores e orgãos potentes que são fortes presenças deste conjunto que já tem o carinho do público português.

Filho da Mãe

Português e com um nome artístico bem original surge Filho Da Mãe, mestre da guitarra, mestre da ilusão, das várias guitarras sendo apenas um e só um a tocar, quem ouve diz ficar “atrofiado” graças aos seus pedais e diz ser uma bela viagem que faz lembrar os dias de praia ou mesmo pensar em viagens no mar. Basta ouvir o recente trabalho do guitarrista para constatar isto. Mergulho é isso mesmo, uma bonita viagem, feita de olhos fechados. A sua música fascina, cativa. Recordar trabalhos como Palácio ou Cabeça é recordar boas peças e afirmar que existem bons guitarristas em Portugal. 

Konono N.º1 Meets Batida


Este projecto criado em abril do ano que atravessamos promete pôr toda a gente a levantar o pé do chão e a dançar do início ao fim do concerto. Konono N.º1 são oriundos do Congo e Angola e exploram géneros tradicionais africanos com uma mistura final de transe graças à utilização de likémbes electrificados. Batida, é o nome artístico de Pedro Coquenão, o homem que tem posto as pistas de dança e muito local de Portugal a mexer, tem como som de marca os tons de música urbana angolana, música das suas origens visto que Batida é um artista luso-angolano. Konono N.º1 meets Batida é assim um álbum bem recebido pela crítica como se pôde observar ao longo dos meses após o seu lançamento. Em Sines será também bem recebido e levará o público a mexer-se numa noite que se espera que seja de muito calor 

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