No passado dia 24 de abril, o Hard Club foi palco de mais uma visita de Mark Burgess e dos seus ChameleonsVox, coletivo que reinterpreta ao vivo os temas dos imortais Chameleons. A abrir o certame, tivemos a estreia em território nacional dos espanhóis Belgrado. Este colectivo, cuja sonoridade oscila entre o post-punk e a new-wave — evocando os Xmal Deutschland e os Blondie —veio apresentar-nos Obraz, o seu mais recente trabalho. Uma estreia marcada pela ânsia do público em rever Mark Burgess e os seus ChameleonsVox.
Sobre o concerto dos ChameleonsVox em si, a única crítica que consigo apontar é não terem tocado a “Up the Down Escalator”. Uma falha, sendo este um dos seus grandes malhos. Porém, não podemos resumir toda a experiência do concerto a um único tema. Não quando estamos a falar de uma banda com uma discografia como a dos Chameleons. Seria aliás ingénuo pensar que conseguir-se-ia resumir toda a obra deles numa única atuação.
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Uma atuação que foi, aliás, a primeira da “Magical History Tour”, a tournée que comemora os Chameleons e a passagem do marco dos 35 anos da sua existência. 35 anos que parecem não ter esmorecido a voz nem diminuído a presença em palco de Mark Burgess. A alma e o espírito dos Chameleons continuam bem vivos em Burgess e nos seus ChameleonsVox. Durante cerca de duas horas, sentimo-nos transportados para outra atmosfera. É verdade que é uma atmosfera de revivalismo e que esta extensa digressão não vai acrescentar nenhuma página aos livros de história. Ao invés disso, esta assenta-se no capítulo que os Chameleons escreveram na história do post-punk. Não é uma história muito celebrada pelas massas, é certo. Porém, vamos sempre a tempo de corrigir esse facto. Talvez tão cedo não vejamos Mark Burgess ao vivo, mas ficam as memórias de mais uma noite mágica com a assinatura da MIMO.