O Um ao Molhe regressa em março e percorre o país de norte a sul

| Fevereiro 15, 2019 4:54 pm
“Começou com uma conversa de café. Eu e o Pestana apercebemo-nos que tínhamos a mesma ideia: pegar noutros projetos e a solo como nós, pô-los no mesmo carro e fazer disso um festival. Assim combatíamos a solidão da estrada sem deixarmos de estar sós em palco.”

Manuel Molarinho – cofundador do Um ao Molhe 
O que acontece quando se consegue juntar um (ou 2) carro(s) e alguns dos melhores músicos nacionais com projetos a solo? E o que muda quando se continua a fazê-lo durante 5 anos?
Na verdade, muito mudou, mas continua tudo igual. O Um ao Molhe volta a deixar tudo para trás e a fazer-se à estrada, e o Cubo (mascote do festival) leva à boleia alguns dos mais originais músicos solitários no Sapo e na Kátia (as acarinhadas viaturas oficiais). O objetivo principal é, como sempre foi promover uma amostra do melhor que se tem feito ao nível de “bandas de um só” em Portugal e criar um circuito para o crescente número de músicos emergentes.
Mas 5 anos de Cubo são muitos anos e o Cubo está hoje mais maduro e preciso de sentir um propósito maior. O Cubo hoje quer fazer menos, mas melhor. O Cubo quer estar rodeado de amigos. O Cubo quer ser um festival com princípios.
18 concertos. De 8 de março a 13 de Abril. Da Gafanha da Nazaré a Évora. Os nomes que constituem o Um ao Molhe deste ano são: Ana Deus, Calcutá, Surma, Luca Argel, Jacketx, Nils Meisel, O Manipulador, João Pais Filipe, Flor, Gobi Bear, Mr. Gallini, Acid Acid, Francisco Oliveira, Joana Guerra, Helena Silva, Sal Grosso, Daily Misconceptions e Meta.


As quatro primeiras edições do Um ao Molhe superaram largamente as expetativas, com um notório crescimento de edição para edição. Até 2017 o Um ao Molhe realizou-se em 3 a 4 meses intensivos de estrada. Além de digressões nacionais, realizaram também cerca de 20 datas no estrangeiro. A título de exemplo, em 2017, o Um ao Molhe seguiu com os projetos de Surma, O Manipulador e Tren Go! Sound System para 12 lugares diferentes em Espanha e França. 2018 foi um ano de reflexão sobre o modelo de organização do festival em que foi adotado um modelo experimental mais espaçado e com menos apresentações. Desta forma, foi dada mais atenção à divulgação local, à curadoria, à garantia de melhores condições para os envolvidos e planear de forma mais definitiva a edição de 2019. 

Chegam a 2019 como responsáveis pela organização e curadoria de 550 concertos em 166 datas em 3 países e 70 localidades diferentes. 108 é o número de músicos solitários em palco e 20000 é o número de pessoas de fluxo de público, sendo que mais pessoas ainda ficaram a conhecer o festival e os músicos através do forte entorno mediático que se deu nos meios de comunicação e redes sociais. Os número deixaram a organização particularmente satisfeitos, sobretudo tendo que conta que são um festival de inverno, com uma forte aposta em nomes emergente e que percorrem sobretudo salas com pequenas dimensões, que apresentam sempre públicos muito heterogéneos.

O Um ao Molhe está quase a chegar, um pouco por todo o país. Para mais informações sobre os eventos podem consultar a página da organização.

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