O novo disco de Iguana Garcia já pode ser ouvido em todas as plataformas digitais. Vagas é disco repleto de pop sentimental que encaixa no embalo de uma nova década. As apresentações estão agendadas para março, dia 20 no Ferro Bar no Porto, e dia 27 nos Anjos 70 em Lisboa numa festa que contará ainda com o dj set de DJ Quesadilla e uma exposição de pintura por Rita Gancho.
Quando aterrou em 2017 com Cabaret Aleatório, Iguana Garcia (moniker de João Garcia) montou um laboratório pop experimental, entre o new age dos 1980 e o rock psicadélico. Música nómada, para viajar e dançar, em formato one-man-band. Em Vagas persiste a visão de um-só-homem que se deixou dominar pelas fantasias pop que estavam sugeridas no primeiro álbum.
O fascínio por transformar os sons de alguma electrónica e pop-electrónica do passado em aventuras presentes continuam a estar na mensagem existencial de Iguana Garcia. A grande transformação de Vagas dá-se pela vontade tornar as ideias e beats em canções, momentos curtos e doces, com a cativação da dança por via de uma balada sentimental. Vagas é todo ele uma balada sentimental, um convite à dança, ou a várias danças.
Oportunamente, abre com “Os Duros Não Dançam”, um convite a levantar o pé devagarinho – muito devagarinho – para se dar início a esta dança. A espera não é longa, ao terceiro tema, e primeiro single, “Horas Vagas”, o complexo foi vencido e já se está na pista a “beber o tédio” juntamente com Iguana Garcia. Porque há melancolia neste Vagas, a mesma que existe nas canções pop dos 1980 que se transformam em bombas de pista.
Iguana Garcia quer que o ouvinte atravesse esta aventura emocional consigo. “Gengibre Jurássico” é o momento em que dão as mãos, num registo de hit obscuro que ilumina a mais teimosa das festas de aldeia no verão. Ficou de Cabaret Aleatório as visões psicadélicas e tropicais que Iguana Garcia transforma em belas melodias. Agora as melodias, as viagens, são também canções.