Faunlet traz um itenerário darkwave em PSYFI

| Agosto 29, 2020 8:23 pm

Estava agendado para 2019 mas os contratempos levaram ao adiamento de PSYFI, o novo disco do produtor romeno Faunlet. Afastado dos ritmos e sonoridades que pautaram o início do projeto, Faunlet abraça agora as estéticas darkwave e coldwave numa produção altamente aditiva e com cunho saudosista. PSYFI é o primeiro trabalho do artista em seis anos e vem dar seguimento à aura rock noir abordada em Fauna of the heart Flora from beyond (2014) desta feita através de uma desaceleração de ritmos. Faunlet foca agora o seu trabalho numa poesia sonora que é nostálgica, profunda e igualmente celestial, pese embora as vertentes negras que revestem toda a produção.


A abrir com o tema homónimo “PSYFI”, rapidamente somos projetados para um ambiente eletrónico onde as artimanhas da música techno vigoram em força. O artista coloca em loop a sua contida parafernália musical enquanto lhe injeta, pontualmente, acordes de uma guitarra enublada. Em formato contemplativo segue no alinhamento com “Anatomy” – o primeiro tema extraído de PSYFI – que chegou à ribalta em março do ano passado e se veste em ritmos hipnóticos e lamentações antagónicas. Depois de uma pausa vincada no desolador “My lover the Monitaur”, segue-se no alinhamento “Lavar”, uma das grandes surpresas do disco. Contido na energia “Lavar” envolve-se de uma percussão lenta, mas absolutamente intensa e marcante no desenvolvimento. No adeus, entre as frívolas camadas de distorção encontramos “Rose Water”, uma carente faixa de eletrónica obscura para mergulhar em pleno.

PSYFI foi editado oficialmente em formato digital a 23 de julho em formato self-released. Podem absorver o disco na íntegra abaixo.