Neste ano de crise pandémica à escala mundial, a cooperativa cultural Carmo’81 volta a organizar o KARMA IS NOT A FEST em Viseu, num esforço de contrariar a centralização da oferta cultural e preenchendo assim parte da lacuna criada pelo cancelamento dos festivais de verão.
Tendo este ano como palco a centenária Mata do Fontelo em Viseu, esta edição do KARMA será a sua primeira produção exclusivamente fora das portas do Carmo´81 e em nome próprio. Entre os dias 27 de agosto e 17 de setembro, a programação irá desdobrar-se entre os sons, histórias, paisagens e música na Mata do Fontelo através de 11 concertos, 1 cine-concerto, 4 criações artísticas, 4 conversas e 4 caminhadas, combinando eventos in loco e conteúdos disponíveis exclusivamente online.
No que toca aos 12 concertos, são eles:
Dia 27 de Agosto
18:30h – Arianna Casellas
21:30h – Samuel Martins Coelho
22:00h – HHY & The Macumbas
Dia 03 de Setembro
18:30h – Tiger Picnic
21:30h – José Pedro Pinto apresenta Fontellum
22:00h – Cine-concerto Surdina de Rodrigo Areias, com argumento de Valter Hugo Mãe e musicado por Tó Trips
Dia 10 de Setembro
18:30h – Unsafe Space Garden
21:30h – Stereoboy
22:00h – Dada Garbeck
Dia 17 de Setembro
18:30h – Contos e Lenga Lendas
21:30h – AURORA BRAVA -redux-
22:00h – Filipe Sambado
A programação começa no dia 27 de agosto com Arianna Casellas (Sereias, dos Melifluo e dos ZyGoSis) e segue com o violinista Samuel Martins Coelho (EL RUPE, Space Ensemble, Mods Colective, Escola do Rock de Coura, Estranhofone, Gnomon, Hot Air Baloon e Atic) e com os HHY and The Macumbas, que ainda estão impregnados com os vapores febris do genial Beheaded Totem.
No segundo fim de semana de concertos, o power duo Tiger Picnic abre as hostes com uma prova de força, seguindo-se o guitarrista José Pedro Pinto que irá apresentar a público o ináudito Fontellum e a exibição da película Surdina de Rodrigo Areias, que será musicada ao vivo por Tó Trips, o guitarrista dos Dead Combo.
O terceiro fim de semana começa com uma actuação dos Unsafe Space Garden e depois, os portuenses Stereoboy sobem a palco para apresentar o seu mais recente LP, Kung Fu. O dia concluí com um concerto de Dada Garbeck.
O último fim de semana do certame inicia com uma apresentação de Contos e Lenga Lendas, um projecto da autoria de Gil Dionísio, seguindo-se os AURORA BRAVA em formato reduzido. A programação musical do festival encerra com Filipe Sambado, que irá apresentar ao vivo Revezo, o seu mais recente disco.
É de referir que todos os concertos do KARMA estarão disponíveis online, de forma a poder fazer face às limitações de público nos eventos impostas pela Direcção Geral de Saúde. Relativamente a custos, os concertos da tarde serão gratuitos, e os nocturnos terão o custo de 6,5€. Independentemente do custo, todos os concertos requerem reserva prévia (para reservas e compra contactar karmaisafest@gmail.com)
O Carmo propõe com o KARMA à medida da realidade: seguro e realizado por profissionais disponíveis para prestar todas as informações e fazer cumprir os comportamentos fundamentais como desinfeção das mãos, distanciamento físico, uso de máscara, respeito por percursos e lugares marcados, de modo a proporcionar ao público, artistas e equipa todas as condições de segurança.
Abaixo deixamos mais algumas informações úteis sobre a restante programação do festival:
4 Conversas
As Conversas, realizadas em parceria com a “Iniciativa 232.” (da Projecto Património), procuram abordar a temática alargada do “Espaço Público”. Através de conversas informais, registadas e disponibilizadas online, fala-se das experiências, desafios e sugestões que instituições, projectos e indivíduos aceitam partilhar no KARMA. Desde a criação musical comunitária, ao uso de plataformas digitais como modelo natural de funcionamento e interação, o primeiro “set” de conversas terá convidados nacionais e internacionais, cada qual trazendo o seu ponto de vista, ainda que não esquecendo que a música é o motivador principal do KARMA. (Disponível online)
4 Caminhadas
As caminhadas são conteúdos disponíveis no site do Carmo´81 em que desafiamos o público a fazer o percurso recomendado no conforto de sua casa imaginando a sua presença na Mata, ou inloco com os dados ligados a acompanhar o conteúdo online:
– Liliana Bernardo lê Gonçalo Mira num percurso pela Mata com a leitura da obra poética Fontelo, livro de autor de Gonçalo Mira dedicado à Mata (Disponível online);
– João Dias apresenta-nos uma visita guiada pela arte pública produzida pelo projeto Poldra (Disponível online);
– Experiência de procura sonora pelos percursos da Mata do Fontelo, a partir da criação original de Sofia Moura e Remi Gallet (Disponível online);
– Em É uma Mata não é um Parque, Hélder Viana e Paulo Barracosa explicam-nos a diferença num percurso pela ideologia adoptada na reabilitação da Mata do Fontelo (Disponível online).