De 24 a 25 de outubro, o Semibreve regressa para a sua primeira edição digital, convidando os participantes a interagir virtualmente com obras e performances sonoras exclusivas especialmente encomendadas para o evento. A partir da ideia de reclusão, o SEMIBREVE 2020 apresenta “um programa pensado para ser usufruído à distância, mas sem descurar a participação da comunidade na qual se insere”.
No ano em que assinala dez edições, o festival de música eletrónica e arte digital acontecerá online, através do site do festival, e localmente dentro dos limites do Mosteiro de São Martinho de Tibães, em Braga. O programa será composto por peças sonoras exclusivas, mesas redondas destinadas a discutir música e arte sonora nos dias de hoje, instalações audiovisuais, transmissão de concertos ao vivo, residências artísticas e oficinas.
Jim O’Rourke, Tyondai Braxton, Beatriz Ferreyra, Keith Fullerton Whitman, Jessica Ekomane, Ana da Silva e Kara-Lis Coverdale ocuparão as salas do mosteiro com novas peças especialmente encomendadas para o efeito, disponíveis presencialmente para um número limitado de visitantes e online no site do festival entre os dias 24 e 25 de outubro.
O programa de mesas redondas será filmado profissionalmente e transmitido na Sala do Capítulo, no mosteiro. Ao todo são quatro as conversas que juntarão David Toop, Jessica Ekomane e Nuno Crespo para discutir o Físico e o Virtual no âmbito da criação contemporânea; Chris Watson, Margarida Mendes e Raquel Castro sobre som e ecologia; José Moura , Mike Harding, Nkisi e Rui Miguel Abreu sobre a lógica editorial pós-pandemia; e Nik Void, Alain Mongeau, Pedro Santos e Gonçalo Frota para discutir as implicações performativas da pandemia, com ênfase na música eletrónica e na arte sonora. Um número muito limitado de visitantes poderá participar das sessões no local.
O festival continuará a explorar a noção de reclusão através das residências artísticas de Pedro Maia, Laurel Halo, Klara Lewis, Nik Void e Oliver Coates. Os últimos quatro apresentarão o material resultante da residência, sem audiência, dentro dos muros do mosteiro. Essas apresentações, filmadas em parceria com o Canal180, estarão disponíveis como conteúdo transmitido ao longo do festival.
O mosteiro apresentará tambémvárias instalações audiovisuais, acolhendo o vencedor do Prémio EDIGMA Semibreve e os vencedores do EDIGMA Semibreve Scholar, cujas obras serão documentadas e apresentadas virtualmente.
Os titulares de passes para a edição 2020 do Semibreve poderão transferir os seus ingressos para a edição de 2021 ou solicitar um reembolso. O acesso ao Mosteiro terá um custo de 6 euros, que será revertido inteiramente para apoiar a renovação e manutenção do mosteiro.