As paisagens contemplativas e experimentais do rock são exploradas com afinco no novo curta-duração dos portugueses EVACIGANA. O quarteto nascido em 2018 nas Caldas da Rainha conta ainda com uma curta discografia mas com uma produção de estado avançado. Na base injetam o que chamam de “rock angular e espástico”, com as camadas alternativas da música pop e as texturas vigorosas da eletrónica, fundido a sonoridade resultante de forma natural e orgânica. A banda é formada por João Moreira (voz/guitarra), Filipe Nunes (baixo/voz/teclados), Rúben Lopes (guitarra/voz) e Alexandre Bandola (bateria/voz) e começa agora a criar o seu terreno próprio ao misturar de forma livre influências que vão desde o rock/metal alternativo de bandas como os Deftones, à eletrónica de uns Boards of Canada, deambulando ainda pelo meio de géneros como o shoegaze, o jazz e o trip-hop.
Com vastas influências adquiridas no panorama de produção nacional, os EVACIGANA forjam o seu caminho mais próprio ao injetarem uma dose de experimentalismo que incorpora desde as bases do rock mais negro (como é audível logo na faixa de abertura do novo registo “Fósforo”) às estruturas dinâmicas e livres do rock de fusão – que tão bem aprimoram em “Tempo Morto” – e ainda à doçura melancólica criada por loops e feedbacks de guitarra, tão presente no tema de despedida “Fortuna”. O álbum pode assimilar-se na íntegra abaixo.
Fortuna foi editado em formato digital na passada sexta-feira (2 de outubro) em formato self-released e pode ser adquirida aqui.