Abul Mogard, ou quando a lenda se confunde com a realidade

| Dezembro 1, 2020 10:33 pm


É um dos maiores enigmas da música sintetizada de hoje e atua no próximo dia 4 de dezembro no gnration, em Braga. Abul Mogard, músico-compositor sérvio, regressa a Portugal depois de uma última atuação na Sé de Viseu, em 2018, aquando da oitava edição dos Jardins Efémeros.  

Nasceu em Belgrado e passou grande parte da sua vida a trabalhar numa fábrica metalúrgica. A falta dos barulhos e do ritmo dos sons que marcavam o seu dia-a-dia laboral levaram-no a experimentar os timbres e as texturas da maquinaria eletrónica, trocando as ferramentas por sintetizadores, sequenciadores e caixas de som – ou assim reza a lenda. Os rumores sobre a sua verdadeira identidade são vários e abundantes, mas o consenso subjacente nas esferas da música eletrónica indica que Mogard é, na verdade, o resultado de um fascinante alter-ego.

Indiscutível é a qualidade da sua magnífica discografia. Lançou vários trabalhos de longa e curta duração, sendo Above All Dreams, lançado em 2018 pela inglesa Ecstatic, a sua obra mais aclamada. Desde então, editou um álbum de remisturas pela Houndstooth, retrabalhando temas de Aïsha Devi, Penelope Trappes e Nick Nicely, e compôs a banda-sonora para a curta-metragem experimental Kimberlin, do cineasta Duncan Whitley.  

Até ao final do ano, o gnration recebe a quinta edição da mostra de música eletrónica e arte digital OCUPA, que contará com concertos, instalações, conversas e ainda a apresentação pública do Clube de Inverno, que este ano terá o músico Paulo Furtado (The Legendary Tigerman) e o cineasta Rodrigo Areias como coordenadores das sessões de exploração e improvisação.  

Os bilhetes para o concerto de Abul Mogard custam 7 euros e podem ser adquiridos em bol.pt, balcão gnration e locais habituais.  



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