‘Trier’ é o primeiro avanço a solo de JOB

| Abril 3, 2021 1:31 pm

Depois de uma sessão a cru, na qual cantou promessas em vão e a felicidade na amargura, JOB editou pela primeira vez. Chama-se “Trier” e é a nova faixa a solo do artista portuense, interpretada e produzida na íntegra pelo próprio. Saiu dia 31 de março.

O tema nasce de “um poema sobre a dor de não reavermos o passado”, confessa o artista em declarações à Threshold Magazine. “A realidade muda a cada instante (…) e por isso nos lembramos [do passado] com uma lágrima no canto do olho”, acrescenta.

Com um instrumental assente num “loop de cordas tão inconsequente como a vida”, a canção vem celebrar “alguém que não desiste de tentar apesar do insucesso”. Em quase oito minutos, JOB dá som à dolorosa e inevitável passagem do tempo num registo indie pop-rock, com alguns toques jazzy à mistura.

“Na madrugada de um 25 de dezembro, quando o Pai e a Mãe Natal me ofereceram uma Squier Stratocaster, disse para mim mesmo que ia fazer música para o resto da vida”, conta-nos o artista. Enamorado pelas cordas da guitarra, Filipe Job passeia há algum tempo pelos recantos da música.

O cantor-compositor havia já participado em Pedra Mol, com o álbum Cedo Erguer. Tratava-se de “um projeto com mais gente envolvida” que chegou, entretanto, a um fim. “Agora, sou mesmo eu, o JOB, enquanto pessoa e artista”, declara.

Aficionado da música portuguesa, deixa claro que “o fado é uma influência que todos os portugueses carregam quer queiram, quer não”. Entre Amália Rodrigues, Ana Moura e CarminhoJOB guarda também, nas suas inspirações, nomes como Clã, Ornatos Violeta e os vários projetos de Manel Cruz. Salienta ainda Benjamim, que considera ser “a nova peróla da música portuguesa”.

A pandemia traça um caminho para o futuro feito a passos pouco certos. Com “um par de músicas” em fase de confeção, JOB espera “mais alguns ensinamentos” para voltar a compôr. 

Até lá, fica na companhia de “Trier”, já disponível no Youtube.

Fotografia de Cátia Job


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