
No próximo dia 10 de dezembro a Amplificasom traz Adolfo Luxúria Canibal e Marta Abreu ao Understage do Teatro Rivoli, no Porto.
Adolfo Luxúria Canibal e Marta Abreu conhecem-se há muito tempo. Mas nunca tinham pensado em trabalhar juntos, apesar de ter sido assim que se conheceram, quando Marta Abreu integrou os Mão Morta o tempo do álbum Primavera de Destroços, de 2001. Antes tinha sido baixista nas Voodoo Dolls (1994-1998) mas, tirando uma breve experiência com Cadeira Eléctrica (2013-2016), a música não fazia parte dos seus planos.
Foi preciso uma pandemia para tudo isto mudar. Confinados, com todo o tempo do mundo a seu favor e sem nada para fazer, decidiram divertir-se e divertir os amigos com os poucos meios de que dispunham em casa: livros, um iPad e um velho piano elétrico. Foi assim que começaram em março de 2020, filmando com um telemóvel Adolfo Luxúria Canibal a ler poemas seus ou de poetas da sua eleição e Marta Abreu a criar ambientes sonoros para essas leituras. E foi assim que depois foram convidados para participar em diversos eventos online durante os três meses de confinamento total, uns pré-gravados outros em direto.
E como, apesar do minimalismo de meios, a receção das pessoas foi muito positiva, após esse confinamento sucederam-se os convites para apresentações ao vivo, tendo-se estreado em setembro desse ano no Café-Concerto Avenida, em Aveiro. Mas antes dessa estreia, instados a registar o trabalho realizado, entram em estúdio para gravar Goela Hiante, um disco de poesia negra e soturna, interpretada como só Adolfo Luxúria Canibal o consegue, servida por uma música minimal, obsessiva e claustrofóbica, primorosamente criada por Marta Abreu para o efeito. É esse disco, editado pela Cobra Discos, em dezembro de 2020, que têm tocado ao vivo.
Os bilhetes para este concerto muito especial já se encontram à venda aqui.