
Diretamente de Manaus do estado tropical da Amazónia chegam os D’Água Negra que são um trio formado pelas encantadoras vozes de Clariana Brandão Arruda, Bruno Belchior e Melka Franko.
Unidos pela conjuntura da pandemia, decidiram avançar com este projeto a fim de passar uma mensagem sobre a resiliência de um povo esquecido do interior, bem como dos familiares que perderam devido à covid-19, além da referência inspirada no místico e imponente Rio Negro que banha a cidade onde vivem o seu dia-a-dia.
O EP de estreia chamado “Erógena” com o selo da Amplifica Records é um disco que transborda sensualidade e uma sonoridade neo-soul com ligeiros laivos jazz acompanhados de letras sensíveis e ardentes.
Na magia do single “Acopalices” ecoam os versos “sentia que era sempre muito tarde, tarde demais…” que enfatizam a solidão e a falta de um luto durante um período difícil para muitos brasileiros.
A arte de poetizar em sintonia com uma orquestra é realizada de forma esplêndida ao longo de toda a obra, ao tornar-se a prova viva de um talento invejável a brotar vindo da cena indie do Brasil.