Na próxima sexta-feira, dia 4 de março, o Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, recebe a artista multidisciplinar Klein para um espetáculo único no país. Na mesma noite, Sã Bernardo convida Bruno Aires, Aires, Inês Campos, Luís Campos, João Valinho e António Caramelo para um “exercício de construção colectiva” que terá o palco do TBA como “igreja do absurdo”.
Natural da Nigéria mas radicada em Londres, Klein traz consigo o seu mais recente álbum Harmattan, que conheceu casa na editora holandesa PentaTone, especialista nos formatos mais clássicos da música erudita, no último mês de novembro.
Obra inclassificável, o sucessor de Lifetime, um dos mais admiráveis registos de 2019, foi descrito pelo poeta Fred Moten como “uma banda sonora de uma épica revolta contra começos e fins”, expandindo a ideia do que a música clássica pode ser. O álbum, o quarto da artista em formato longa-duração, foi considerado o segundo melhor lançamento de 2021 para a distribuidora inglesa Boomkat, que alinhou a nigeriana a astros da música contemporânea como Alice Coltrane, Mark Leckey ou Actress, e cruza jazz, ambientes e diatribes gospel e R&B em modernas (des)construções sonoras.
Até ao fim do mês, o TBA recebe a produtora e violoncelista Lucy Railton e o cineasta Pedro Maia para um espetáculo de apresentação de Janela do Inferno, resultado de um novo projeto moldado pelas explorações psicogeográficas nos Açores desenvolvido na sequência de uma residência nas ilhas.
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