Treinada pela escola clássica, Diamanda La Berge Dramm toca o violino desde os 4 anos de idade, mas há muito tempo que ultrapassou as fronteiras e protocolos que rodeiam este tipo de música, usando todas estas habilidades na criação de Chimp, uma obra conceptual e minimal que coexiste no mesmo universo de Laurie Anderson e Bjork, criando aqui um espaço para si próprio. As cordas são tratadas de uma maneira quase ectoplasmática, indo além dos tons musicais para o abstrato, à medida que as palavras, significados e frases se dobram em si mesmos, e o álbum envolve-nos na sua teia de intriga.
Além da sua voz e algum sintetizador, a artista fabricou Chimp a partir de sons de violino. Para fazer as partes sintetizadas, Dramm apenas samplou algumas notas de um álbum seu, tendo sido depois tudo misturado pelo produtor Iwan Legro, no Studio Lekker Legro em Amsterdão, para criar todo o ambiente que envolve o disco. As letras resultam de material compilado de dois livros escritos pelo poeta avant-garde Steven J. Fowler, I Will Show You the Life of the Mind (on Prescription Drugs) e The Great Apes. Segundo a artista, o álbum resulta da evolução natural do seu desejo de desdobrar o violino, tanto o objeto como o conceito.
Chimp foi lançado pela Diatribe Records, uma gravadora independente baseada na Irlanda que não só promove novos projetos, mas impulsiona a exploração criativa e espetro musical. Podem ouvir este álbum de Diamanda La Berge Dramm em baixo.