A iniciativa Concertos L, que no passado levou nomes como Weyes Blood, Thurston Moore ou Imogen Heap às instalações da Estalagem da Ponta do Sol, na Madeira – e que este ano se volta a realizar nesse mesmo espaço entre os dias 26 de julho a 29 de setembro –, acolhe a cantora-compositora Joanne Robertson no próximo dia 30 de agosto, para um espetáculo organizado em parceria com a Galeria Zé dos Bois.
Natural de Manchester, mas a residir em Glasgow com o seu marido, Jasper Baydala, que assegurou a primeira parte do concerto de estreia na ZDB, Robertson tem vindo a construir um discreto mas precioso corpo de trabalho ao longo dos últimos dez anos: música tão invulgar quanto familiar, situada entre a instabilidade do presente e uma qualquer era clássica por determinar — hauntologias, ou fantologias, na tradução possível do termo, que agradariam ao malogrado crítico e pensador Mark Fisher. Talvez por isso tenha conquistado o interesse do compatriota Dean Blunt, com quem mantém uma longa e profícua relação de cumplicidade, contribuindo com vozes e passagens de guitarra em vários dos seus trabalhos.
O seu mais recente álbum, Blue Car, foi editado no passado mês de março, assinando a estreia da artista sob a cinta da editora AD 93 – casa-mãe para artistas como Dylan Henner, Moin e Coby Sey – com dez canções de folk elusiva e fraturada.
Tó Trips (responsável pelo concerto de abertura, a 26 de julho), Ana Lua Caiano, Dul and Nouk White e The Irrepresibles são outras propostas dos Concertos L 2023.
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