O festival Madeiradig, que este ano se desenrolará entre os dias 30 de novembro e 5 de dezembro, volta a levar ao concelho da Calheta, na Madeira, alguma da mais aventureira música eletrónica dos nossos dias.
O Museu de Arte Contemporânea da Madeira (Mudas), localizado nesse mesmo concelho, volta a ser o palco principal do evento que, ao longo dos seus quase vinte anos de existência, se impôs como um das mais interessantes propostas no calendário internacional de iniciativas dedicadas às músicas de cariz exploratório.
Ana Roxanne, que se apresentou na edição de 2022 dos Jardins Efémeros (e no início do ano na Galeria Zé dos Bois), é um dos destaques do programa de concertos divulgado esta sexta-feira, que inclui ainda as atuações de Beatrice Dillon (Workaround, o mais recente álbum da produtora britânica, foi considerado o melhor lançamento de 2020 para a revista Wire) e Rafael Toral, uma das mais importantes figuras da composição contemporânea nacional.
Alan Licht, respeitada figura da cena musical de Nova Iorque desde a década de 1990, o encontro em palco entre a cantora e improvisadora sueca Sofia Jernberg e a violoncelista australiana Judith Haman, a francesa sediada em Brooklyn Leila Bordreuil, o duo de “improvisação ruídosa quântica” composto por Hannan Jones e Shamica Ruddock, o acordeonista bósnio Mario Batkovic e os portugueses Aires & Canadian Rifles são outras propostas do evento organizado pela Agência de Promoção da Cultura Atlântica (APCA) em parceria com a plataforma Digital in Berlin.
Além dos concertos, o Madeiradig 2023 contará com um programa de atividades complementares ao festival no Centro Cultural John Dos Passos e na Estalagem da Ponta do Sol, que voltará a acolher o habitual programa de sessões “after-hours”.
