Francisco Pedro Oliveira invoca “bolborinhos” em novo álbum para orgão de tubos

| Janeiro 4, 2024 7:02 pm

Bolborinho é o primeiro álbum de Francisco Pedro Oliveira desde 2018, ano em que o artista multidisciplinar se lançou em nome próprio com o disco On the Act of Reminding. É também o nome que os habitantes da Beira-Alta e de outras regiões do país dão aos redemoinhos de vento.

A grafia pode alternar entre balborinho, borborinho ou belborinho, consoante a região, mas o significado é o mesmo: segundo o etnólogo Dr. José Leite Vasconcellos, na antologia Tradições Populares Portuguesas, (1882), o bolborinho (ou borborinho) é a manifestação do “diabo, das bruxas ou de algo maligno que está no ar”.

Mais: “diz a lenda que nos cantos de Portugal, o lançamento de um canivete aberto nos ditos redemoinhos poderia conjurar uma bruxa, desvendando histórias de magia e mistério”, lê-se ainda nas notas que acompanham o novo trabalho do músico sediado no Porto, que invoca o rico património folclórico português ao longo de seis composições desenvolvidas em contexto de residência na Sé Catedral de Lamego, com recurso a um orgão de tubos.

O álbum foi publicado nos metros finais de 2023, a 28 de dezembro desse ano, e encontra-se disponível para escuta – e compra em formato digital – na página de Bandcamp da Fera Felina, que sela este lançamento. Está também disponível um número reduzido de cópias em cassete em na loja e site da Matéria Prima.

A capa é de FPO e o design e caligrafia têm assinatura de Inês Aleixo.

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