ZDB leva Astrid Sonne, Hayden Pedigo e Alabaster DePlume a Lisboa em fevereiro

| Janeiro 30, 2024 5:02 pm

Uma compositora em desconstrução, um polímata dos novos primitivismos norte-americanos, a nova empreitada a solo de um dos mais importantes vultos (ler baixos) do shoegaze. Estas e outras propostas para ver na ZDB, que em fevereiro levará parte da sua programação fora de portas.

Na música as atividades arrancam a 8 desse mês, com a sala lisboeta a servir de paragem para mais uma edição do Festival Rescaldo, que se realiza de 7 a 10 de fevereiro entre Lisboa e Cascais, e que levará ao aquário da ZDB dois pares de colaborações: são eles  Lantana, projeto que junta Anna Piosik a Carla Santana, Helena Espvall, Joana Guerra, Maria do Mar e Maria Radich, e o trio Catarata, resultante da parceria entre André Tasso, Bruno Humberto e João Ferro Martins.

A 9 de fevereiro, o britânico Mumdance, conhecido pelas suas colaborações com Logos, Novelist e James Kelly (por via dos blackgazers Bliss Signal), tem a pista toda por sua conta, antes da irlandesa Debbie Googe, baixista dos históricos My Blood Valentine, se apresentar nessa mesma sala, a 15, com o seu mais recente projeto a solo, da Googie. No dia seguinte, atua no Understage do Teatro Rivoli, no Porto.

Voz emergente do agitado atlas musical da Dinamarca, Astrid Sonne (na foto) regressa a Lisboa a 17 de fevereiro para um espetáculo fora de portas. O 8Marvila, situado nos antigos Armazéns Abel Pereira da Fonseca, é o local escolhido para acolher a autora de Great Doubt, a mais recente jornada pelo interior da violista tornada cantora-compositora (a crítica ao disco editado na última sexta-feira deverá ser publicada em breve nestas páginas, ainda antes da passagem da artista pela capital).

Conhecido pela sua algo improvável candidatura a um lugar no Conselho Municipal da sua terra natal de Amarillo, no Texas, quando ainda contava apenas 24 anos, Hayden Pedigo, que atua também nos planos da moda e da performance, é uma dais mais idiossincráticas figuras a operar nos domínios do novo primitivismo americano. O seu mais recente álbum, The Happiest Times I Ever Ignored, editado no transacto ano pela Mexican Summer, revela uma inventiva panorâmica sobre os supostos limites do género, na senda de antecessores espirituais (e igualmente pastorais) como John Fahey, Robbie Basho ou Jack Rose.

É esse disco, aliás, que deverá guiar o  espetáculo agendado para 21 de fevereiro, dia em que se apresentará pela primeira vez em Portugal (José Rego, compositor e guitarrista alentejano baseado em Lisboa, assegura a primeira parte).

Por fim, a 29 de fevereiro, o saxofonista, poeta e ativista britânico Alabaster DePlume traz consigo os temas do seu projecto mais recente, Come With Fierce Grace, tratado jazz espiritual com selo International Anthem.

O encontro em palco entre Steve Gunn e David Moore, homem do leme nos projetos Bing & Ruth e Cowboy Sadness (25 de fevereiro), e o já anunciado regresso de MIKE a Lisboa (28 de fevereiro no B.Leza, um dia depois no gnration, em Braga) completam o roteiro musical que a ZDB preparou para o próximo mês.

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