
Entre os dias 25 e 27 de julho, o arquipélago de San Simón, em plena Ria de Vigo, acolherá a 23ª edição do Festival SINSAL SON Estrella Galicia — um dos eventos musicais mais singulares da Península Ibérica, reconhecido como um dos melhores festivais da Galiza pelo Observatório de la Cultura 2024 – Fundación Contemporánea e finalista em quatro categorias nos Iberian Festival Awards.
Com um conceito inédito, o cartaz do festival mantém-se secreto até ao momento em que o público desembarca nas ilhas, criando um ritual de descoberta coletiva que reforça a ligação entre artistas e espectadores. Um mistério que reside coração da proposta artística: proporcionar uma experiência imersiva e despreconceituosa da música ao vivo, com uma programação que cruza a música contemporânea, a arqueologia sonora e a redescoberta do património cultural galego.
Com um alinhamento que cruza jazz, pop, soul, world music, rock e electrónica, o SINSAL SON Estrella Galicia continua a dar palco a mulheres artistas, bandas emergentes e nomes internacionais que se estreiam na Galiza, num ambiente íntimo e irrepetível. Aqui, cada concerto é único — e cada relação entre artista e público, pessoal. Pelas edições anteriores passaram nomes como Sons of Kemet, Chelsea Wolfe, Glockenwise, Clarissa Conelly, Kabeaushé, Ana Lua Caiano, Pongo, Avalanche Kaito, Wire, Hatis Noit, Bitchin Bajas & Bonnie “Prince” Billy, Fantastic Negrito, Michael Rother, Tarta Relena, Liniker e os Caramelows, Les Filles de Illighadad, Altın Gün, Bombino, B Fachada, Mdou Moctar, Alt-J e Secret Chiefs, entre outros.
Entre as propostas paralelas, a Escola SINSAL assume este ano um protagonismo especial com um conjunto de atividades gratuitas que celebram a memória sonora do século XX. Este ano, destaca-se a presença da Orquestra Clássica de Vigo, que interpretará músicas de cafés e bailes da Galiza da primeira metade do século XX, recriando ambientes sonoros históricos, incluindo uma evocação do filme galego de 1935 Canto de emigración. Outra proposta singular são as Sesións San Simón, onde o investigador Aleks Kolkowski gravará, ao vivo e em cilindros fonográficos, temas de dois minutos com os artistas do cartaz secreto do festival, oferecendo ao público uma rara viagem sonora ao passado. O palco Malmequeres regressa com sessões matinais protagonizadas por DJs e artistas que recuperarão arquivos analógicos esquecidos dos anos 80 e 90, como Chus Taboada e Eva Izquierdo (Voces de Ultratumba), Marco Maril (Apenino), Isabel Díaz e Pedro Blázquez.
A programação completa-se com a ampliação da exposição de banda desenhada sobre a história do som e da música gravada na Galiza, agora com novas personagens como Ana Kiro, Reveriano Soutullo e Mercedes Mariño, entre outros, e apresentada ao ar livre em vários pontos da ilha.
Para saber mais podem visitar o site do festival aqui.