Tosta Mista: mostra queer de música e arte acontece esta sexta-feira em Algés

| Julho 23, 2025 10:26 am

A primeira edição do evento Tosta Mista vai decorrer esta sexta-feira, 25 de Julho, na Fábrica de Alternativas em Algés.

Tosta Mista é uma mostra de músiques queer que pretende cruzar as linhas entre a identidade de género e a fluidez musical. Um artista queer pode ser tantas coisas, da música, ao corpo, à expressão, em suma: uma mescla.

No espírito de mistura máxima, o evento abre às 19h com o mercado de arte em simbiose com o DJ set de ape-apu, que promete hipnotizar o público com as suas fusões de breakbeat e electro. Entre batidas sensuais e sons etéreos, haverá retratos ao vivo, prints, roupa, merch queer, tatuagens, entre outras artes. O mercado prolonga-se até ao final do evento. E claro que não poderia faltar comes e bebes, para saciar a fome e a sede não artística. Haverá bebidas, jantar vegan e claro, tosta mista, tal como outros mimos a revelar.

Para além disso, o evento conta com a presença da drag queen Coullin Sick, a sua maravilhosa anfitriã. Da névoa Londrina ao sol de Lisboa, é uma rainha suspensa entre a glória e a decadência, perdida para sempre entre o glamour do passado e o frágil pulsar do presente. Inclusive, fará uma pequena atuação e discurso antes das atuações musicais.

As atuações são um misto assumido de acústico com eletrónica. A primeira metade começa às 20h30 com Pip Marinho, conhecide pela sua escrita profundamente pessoal e confessional. Entre o dedilhar da guitarra e a sua voz emocional, irá apresentar músicas inéditas que irão constar do seu próximo álbum. Depois, Aftersun, um artista emergente, convida-nos ao seu pântano misterioso, numa aventura que combina influências folk com ambient.

Para abrir a segunda metade, às 21:40, recebemos Tiotigito, outro artista emergente. Ele garante narrar uma contracultura à passividade e auto-vitimização ao som de instrumentais grime, post-punk, e hip-hop-adjacente. Para fechar em catarse, surge Dakoi. DJ, produtora e vocalista, promete disrupção e choque com a sua primeira atuação ao vivo a solo. Apresenta uma sonoridade de música eletrónica desconstruída, acompanhada de letras cruas e rage vocal sobre as suas dores da vida na terra.

Nasce assim um ambiente intimista envolto em irreverência, um misto de emoções e géneros, servido bem quente e crocante. A entrada é livre, com apelo à doação para quem se mostrar capaz de ajudar.

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