Este ano, a rentrée da ZDB, em Lisboa, começou um pouco mais cedo do que o habitual. Nos últimos dias de agosto, a sala situada no coração do Bairro Alto recebeu Titanic, projeto que junta a cantora, compositora e violoncelista Mabe Fratti ao multi-instrumentista Hector Tosta (I. la Católica).
O regresso à programação regular retoma agora em setembro. Já no próximo dia 17, a ZDB volta a receber o ex-Coil Drew McDowell, fundamental na construção sintética de discos como Time Machines (1998), A Thousand Lights in a Darkened Room (1996) e Worship The Glitch (1995). A primeira parte ficará a cargo do português Afonso Proença, com o projeto Ndr0n.
De regresso àquela sala está também Hayden Pedigo, músico norte-americano que se apresentará com um novo trabalho a 24 de setembro, I’ll Be Waving as You Drive Away. É o sucessor de The Happiest Times I Ever Ignored, encerrando uma trilogia de álbuns iniciada em 2021. Seguem-se os australianos Acopia, a 26 de setembro (com os portugueses c-mm na primeira parte). Pela primeira vez em Portugal, trazem consigo os temas do seu novo álbum de originais, Blush Response, a editar esta sexta-feira pela Scenic Route.
Antes, a 21 de setembro, um vulto da produção contemporânea deste século: Alan Licht. No seu currículo carrega mais de duas dezenas de discos, explorando em todos as possibilidades da guitarra.
Em outubro, além do já anunciado concerto dos norte-americanos Spirit of the Beehive, a ZDB irá receber concertos de Raphael Rogiński, que irá recriar repertório original de John Coltrane (17); Mark William Lewis, com Ashley Plomer na primeira parte (22); Chuck Strangers, num concerto promovido pela promotora Versus (24); aya, em apresentação do ábum hexed!, lançado em março pela Hyperdub (25); e DJ Haram, também ela a apresentar um novo trabalho selado pela editora de Steve Goodman (31).
O mês de novembro será igualmente carregado. Entre a cordilheira de destaques salienta-se a estreia a solo de Elucid em Portugal (1 de novembro), depois da passagem em duo pelo Out.Fest com o rapper Billy Woods, com quem forma os Armand Hammer. James K (na foto) é mais um dos destaques da ZDB para o mês de novembro (atua a 27 de novembro). Depois da participação em compêndios variados (Mono no Aware, Physically Sick) e de colaborações memoráveis com Yves Tumor e Hoodie, apresenta ao vivo os temas do seu novíssimo álbum, Friend, o primeiro da cantora e produtora de Nova Iorque pela AD 93.
Autora de um dos primeiros assombros de 2025, Kathryn Joseph é mais um dos nomes em evidência para o próximo mês de novembro. A cantora-compositora norte-americana virá apresentar a 14 de novembro Waiting Room, disco que carrega o legado de outras destemidas trovadoras norte-americanas, de PJ Harvey a Grouper e Midwife. Saiu em fevereiro, com o carimbo da Flenser. Antes, a 23 de novembro, mais um regresso: Pharmakon. Ändlös Otukt, projeto português de black noise, assegura a primeira parte da norte-americana.
Ainda nesse mês, a 5 de novembro, a ZDB leva as dinamarquesas Smerz até ao palco do B.Leza, junto à estação do Cais do Sodré. Em apresentação estará Big City Life, o terceiro álbum de estúdio da dupla de Henriette Motzfeldt e Catharina Stoltenberg. Antes, no mesmo espaço, a norte-americana Ganavya apresenta os temas do seu novo álbum, Nilam (a 16 de outubro).
O último mês do ano é reservado para o rapper norte-americano Pink Siifu, que atua na ZDB no dia 5 de dezembro. Até ao fim do ano, a ZDB irá receber também concertos de Marlene Ribeiro, DJ Narciso e I’A’V (inseridos no cartaz do Festival AnoQ), Getdown Services, The Twist Connection, Beautify Junkyards, Cortex, Lael Neale e Carrier, entre outros.
