Reportagem: BLACK BASS – Évora Psychedelic Fest
Reportagem: BLACK BASS – Évora Psychedelic Fest
Dezembro 12, 2014 6:39 pm
| Reportagem: BLACK BASS – Évora Psychedelic Fest
Dezembro 12, 2014 6:39 pm
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Fui a Évora e vi tudo menos o Sócrates.
Dia 1
Num fim de semana onde todos os caminhos iam dar a Évora, resolvi meter-me no epicentro da tempestade e fui assistir à primeira edição do BLACK BASS – ÉVORA PSYCHEDELIC FEST.
Toda a gente presente em Évora – menos o José Sócrates, vá-se lá saber porquê – deslocou-se à muito bonita e já secular SOIR JAA para ver as 10 bandas que compuseram o festival e que viajaram dos mais variados cantos do país.
Às primeiras guitarradas na sala – ainda com o pôr do sol em fundo – já um senhor, que por lá andava meio perdido, pedia para tocarem mais baixo.
Mal ele sabia o que vinha por aí em diante!
O que se seguiu foram concertos dos Eborenses Surreal Prisma, que ainda se estão construir e prometem novidades para breve.
Os Marvel Lima chegaram diretamente do “20 XX Vinte” e mostraram que há mais para ouvir do que apenas single “Mi Vida” que já roda há muito nas rádios.
Seguiram-se os Savanna que já não andam nisto para enganar meninos e desde o lançamento de Aurora, em 2012, sabem como fazer os corpos vibrar e foi isso que fizeram, numa espécie de
aquecimento à séria para a uma escalada que se viria a tornar o concerto de Killimanjaro.
aquecimento à séria para a uma escalada que se viria a tornar o concerto de Killimanjaro.
Moche, cerveja no ar, óculos a voarem, enfim, valeu de tudo naquela sala e os Alentexas já foram muito para além do que era possível aguentar. Afinal de contas, o Black Bass ainda tinha mais um dia pela frente e era hora de descansar as pernas (sim, porque eu sou um menino).
Dia 2
O relógio marcava quatro da tarde e ainda com as guitarras a latejar na cabeça era hora de voltar à SOIR.
Johny Luv & os Hate Killers começavam dentro de meia hora mas como nestas coisas nada é certo a organização fez saber que tudo começaria às 21h. Entende-se, depois de uma noite do outro mundo estava tudo demasiado cansado para mais festa rija.
Para mim foi bom, aproveitei para ver mais de Évora (cidade bonita aquela) e quando voltei à Soir já os JUBA aqueciam as guitarras para um concerto morno mas que deixou-me a salivar por mais, muito mais (meninos, onde foram parar os vocals do álbum que nos deixam com JUBA na cabeça?).
Seguiram-se os Dreamweapon, mestres da distorção na guitarra e da viagem que me fizeram sentir. Não sou de tretas mas, à semelhança dos Killimanjaro, o que vem do Norte cheira sempre a esturro (no bom sentido) e os 10 000 Russos foram os senhores da segunda e última noite do Black Bass! Uma bateria alucinante, uma guitarra com distorção (!!!) e um baixo manejado por quem sabe fizeram uma SOIR (muito bem composta) suar (isto não é uma rima) em bica.
De Lisboa chegaram sons do Oriente. Jibóia é Oscar Silva que com a ajuda de Sequin nos fazem desejar por Kebabs, molhos picantes e até fazem os Jhiadistas parecer boas pessoas. Jibóia é alegria e ancas soltas e foi assim que a festa continuou ao som do Dj Set dos míticos Parkinsons.
No final da noite sobram umas nódoas negras e uma versão de Évora que fiquei a conhecer graças à excelente e inexcedível organização da Pointlist e da Bleak Event que tudo fizeram para tornar a primeira edição do Black Bass fenomenal.
Até para o ano Black Bass!
Texto: Diogo Sousa
Fotografia: Inês Martins de Almeida