Reportagem: O Salgado Faz Anos… Fest! [Maus Hábitos, Porto]

Reportagem: O Salgado Faz Anos… Fest! [Maus Hábitos, Porto]

| Fevereiro 2, 2016 2:46 pm

Reportagem: O Salgado Faz Anos… Fest! [Maus Hábitos, Porto]

| Fevereiro 2, 2016 2:46 pm



Sábado foi dia da terceira edição de O Salgado
Faz Anos… Fest!
, a festa de aniversário de Luís Salgado que se torna numa
espécie de festival e que contou, mais uma vez, com uma edição lotadíssima
acompanhada de um belo cartaz. A noite começou pelas 22h no Palco Wav, com as
lisboetas
Clementine a abrir as hostes com o seu rrriot girl cheio de raiva e
energia. Dos
Osso Vaidoso, que se seguiram no Palco Salgado meia hora depois,
só vimos 15 minutos de concerto, onde pudemos assistir a algumas interpretações
de poemas de artistas surrealistas portugueses como Mário Cesariny e Alberto
Pimenta, cantados em estilo spoken word por parte da vocalista Ana Deus,
acompanhada pelos experimentalismos de guitarra de Alexandre Soares.


Os Ghost Hunt começaram o seu concerto de forma
algo adormecida, mas assim que os sintetizadores entraram com mais destaque, a
coisa tornou-se bem mais entusiasmante, com o seu rock espacial e krautrock a
transportar-nos para uma viagem mental e colorida.


Às 23h30, a casa encontrava-se finalmente cheia
para a atuação dos
Equations, um dos concertos mais aguardados da noite com a
banda a receber o estatuto de “cabeças de cartaz” da noite. A banda apresentou
ao vivo o poder do seu mais recente disco de estúdio
Hightower, um dos melhores discos nacionais do ano passado,
passando por temas como “Ascent” e “Echoing Green”, aproveitando também para
relembrar um
 ou outro tema do seu disco de estreia “Frozen Caravels”. Houve ainda
tempo para apanhar algumas músicas dos grandes
The Sunflowers, que nos
apresentaram mais um concerto cheio de energia punk e garage rock, com muito
suor e moche ao som de hinos como “Charlie Don´t Surf” e “Zombie”, terminando o
concerto com um grande momento, onde baterista e guitarrista trocaram de
funções para uma grande interpretação de “I Wanna Be Your Dog”, dos míticos The
Stooges.


Na sala principal faziam-se os preparativos
para mais uma atuação intensa. Os regressados
Plus Ultra, o power trio composto
por Gon (Zen), Azevedo (Mosh) e Kino (Ornatos Violeta), apresentou-se no Palco
Salgado com uma plateia a abarrotar. O concerto foi, como sempre, caótico e
puro em rock n’ roll, cheio de moche e crowdsurfing por parte do público, que
vibrava ao som dos clássicos da banda portuense, com Gon a juntar-se à festa e
ao crowdsurfing, puxando pelo público constantemente.



A hora das 01h30 era a mais complicada da
noite, com dois concertos em simultâneo por parte de dois grandes grupos
portugueses. Com dificuldade em escolher entre uma e outra, optamos por
assistir a meia hora de cada um dos concertos, começando assim pelos
HolyNothing, que nos apresentaram algumas das faixas do seu mais recente disco Hypertext, abrindo o concerto com um dos seus primeiros singles, “Cumbia”. No
outro palco, atuavam os caldenses
Cave Story, que deram mais um grande concerto
como nos têm vindo a habituar. Interpretando temas do seu mais recente EP, a
banda mostrou-nos o seu excelente post-punk com temas como “Richman” e a muito
Mark E. Smithiana “Southern Hype”.

A noite não se ficou pela atuação das bandas,
seguido de uma série de dj sets para continuar a noite, com
Sensible Soccers
(dj set),
Nunos Dias, entre outros a escolher a banda sonora que iria animar um
resto de noite bastante longo, como seria de esperar, terminando, assim, mais
uma grande edição do aniversário de Luís Salgado, que nos tem vindo a
presentear ao longo destes três anos com grandes festas e grandes alinhamentos,
fazendo da sua festa a nossa festa. Resta-nos, então, congratulá-lo por isso.
Parabéns, Salgado!

O Salgado Faz Anos... Fest!


Texto: Filipe Costa
Fotografias: Ana Carvalho dos Santos

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