Reportagem: Ganso + Old Yellow Jack [Maus Hábitos – Porto]

Reportagem: Ganso + Old Yellow Jack [Maus Hábitos – Porto]

| Maio 27, 2016 5:36 pm

Reportagem: Ganso + Old Yellow Jack [Maus Hábitos – Porto]

| Maio 27, 2016 5:36 pm

Já é certo e sabido: de falsas promessas está o mundo cheio, mas a verdade é que eles prometeram festa e acabaram por cumprir. Foi um Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Cultural – bem composto que na passada sexta-feira, 20 de maio, recebeu os Old Yellow Jack e os Ganso.

A festa começa pontual. Sobem ao palco quatro amigos com um indie rock bastante adulto, orelhudo e dançável. Percebemos então que aquela camisola dos Parquet Courts que Guilherme Almeida (guitarrista/vocalista) enverga faz todo o sentido. 


Quando damos por nós estamos a abanar as ancas na maior leveza. Isto numa sexta-feira à noite é uma espécie de remédio sem receita médica contra a má disposição e o aborrecimento semanal. Eles sabem o que fazem e o concerto vai continuando até chegarmos ao mais recente single da banda, “Glimmer”, e por aí continuamos com músicas de um álbum “que há-de sair um dia”. Um dia bastante próximo, esperamos nós. Num final que teve tanto de distorção como de destrutivo, despedimo-nos tendo já na mira os Ganso.




Os Ganso trazem na bagagem as cinco músicas que compõem Costela Ofendida mas mal entram em palco prometem uma “festinha trance à moda antiga do Porto”. Confusos? Também ficamos. E ainda nem leram nada. 

Aos primeiros acordes de “Idalina” o público ganha posição para “a festinha” que se aproxima e é então que se começa a vislumbrar o que viria a ser uma coreografia perfeita da Macarena. Depois de uma breve contextualização histórica sobre a origem desta dança (sim, houve de tudo e não vale a pena fingir) foi mesmo com Lá Maluco que a “festinha” mais ou menos trance continuou. 




Foi a não querer perder tempo a ver passar que rapidamente se chega à “Pistoleira” e aí a coisa assume proporções corporalmente épicas. No final da música há ainda direito a um excelente encher chouriços, uma arte que não compete apenas aos apresentadores televisivos e quando bem executada merece total respeito, como foi o caso aqui, onde se ensaiou um bonito rap improvisado. Venham de lá mais músicas porque ir à caça com estes cartuxos é bonito mas não sabe a muito. 

Vitória vitória e acaba-se a história de mais um excelente serão no Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Cultural, desta vez promovido pela Colado.

Texto: Diogo Sousa
Fotografia: Ana Mendes
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