Reportagem: And Also The Trees + Sweet Nico [Hard Club – Porto]
Reportagem: And Also The Trees + Sweet Nico [Hard Club – Porto]
Outubro 10, 2016 6:05 pm
| Reportagem: And Also The Trees + Sweet Nico [Hard Club – Porto]
Outubro 10, 2016 6:05 pm
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Os And Also The Trees já têm um currículo bastante alargado no que toca à discografia e concertos ao vivo. Com 37 anos de carreira, e pela terceira vez em Portugal foi, contudo, a primeira vez que a banda tocou na cidade Invicta, o belo do Porto, num concerto que tomou de assalto o Hard Club. Em formato quinteto (com Emer Brizzolara a ser substituída por Colin Ozanne nos teclados/guitarra/clarinete) os And Also The Trees abriam um concerto esperado por muitos e que lhes fez jus aos anos que têm dedicado à música.
Em mote da tour do novo álbum, Born Into The Waves, os And Also The Trees abriram o concerto com “Your Guess”, o primeiro single oficial do disco. A casa estava quase cheia e a voz de Simon Jones começava a embalar os espetadores, embora com um som bem mais amplificado que o esperado. Essa atmosfera sonora foi rapidamente posta na ordem quando o quinteto londrino começou a tocar o grande clássico “Dialogues”, que rapidamente levantou o ânimo dos que se deslocaram até ao porto. Os aplausos eram tamanhos que Simon Jones e companhia não deixavam de sorrir de volta e agradecer todo o carinho do também maravilhoso público.
Simon Jones introduz “Hawksmoor and the Savage” e Colin Ozanne intercala as teclas com as cordas da guitarra. Segue-se “The Sleepers” e um público que acaba sempre aplaudir com maior intensidade. Um vocalista sempre a mudar de posição e uma banda com uma presença em palco invejável.
Em “The Legend of Mucklow” Simon Jones simula o efeito do altifalante com as mãos junto ao microfone e os And Also The Trees mostram a sua veia mais rock com quatro músicos extremamente profissionais e uma música sem margem para erros. Extremamente profissionais.
Tempo de clássicos e os And Also The Trees tocam o conceituado “Virus Meadow”, onde Colin Ozanne pega no clarinete. Simon Jones volta a interagir com o público e pergunta se está tudo bem daquele lado, porque do lado dele parecia estar tudo em ordem. Deve ser do álbum, dizem eles. Emocionados com o público, voltam a pegar em Born Into The Waves, dizendo que gostariam de dedicar a próxima música à cidade do Porto, ouve-se então “Bridges”. Ainda em modo dedicações, Simon agradece ao Jorge Coelho (diretor da MIMO) por os ter trazido até ali e os And Also The Trees tocam assim “Winter Sea”. Já com o concerto a aproximar-se do final e um vocalista encharcado em suor, a sala 2 do Hard Club escuta o também clássico “Angel, Devil, Man & Beast”, que foi incrível. O baterista parecia imparável ao tocar, tendo-se levantado e sentado consecutivamente do banco durante toda a música. Tanta energia que se fazia sentir no palco e também nas reações do público. A terminar, a banda perguntou o que o público queria ouvir para a despedida, sendo que “Prince Rupert” serviu de sobremesa para fechar um concerto extremamente competente. Um dos grandes deste ano.
Tempo de clássicos e os And Also The Trees tocam o conceituado “Virus Meadow”, onde Colin Ozanne pega no clarinete. Simon Jones volta a interagir com o público e pergunta se está tudo bem daquele lado, porque do lado dele parecia estar tudo em ordem. Deve ser do álbum, dizem eles. Emocionados com o público, voltam a pegar em Born Into The Waves, dizendo que gostariam de dedicar a próxima música à cidade do Porto, ouve-se então “Bridges”. Ainda em modo dedicações, Simon agradece ao Jorge Coelho (diretor da MIMO) por os ter trazido até ali e os And Also The Trees tocam assim “Winter Sea”. Já com o concerto a aproximar-se do final e um vocalista encharcado em suor, a sala 2 do Hard Club escuta o também clássico “Angel, Devil, Man & Beast”, que foi incrível. O baterista parecia imparável ao tocar, tendo-se levantado e sentado consecutivamente do banco durante toda a música. Tanta energia que se fazia sentir no palco e também nas reações do público. A terminar, a banda perguntou o que o público queria ouvir para a despedida, sendo que “Prince Rupert” serviu de sobremesa para fechar um concerto extremamente competente. Um dos grandes deste ano.
Findada a última canção, o horário do último comboio não perdoou e teve-se de abandonar a sala. Os que ficaram puderam ainda ouvir (aquele que deve ter ido) um (enorme) encore.
As restantes fotos de And Also The Trees estão disponíveis aqui.
Os Sweet Nico subiram ao palco com cerca de 20 minutos de atraso face à hora marcada. Com uma sala ainda meio vazia o trio lisboeta vinha até ao Porto apresentar o seu mais recente álbum, R Evival. O concerto não teve um início propriamente apelativo para aqueles que se tinham dirigido até ali para ver os And Also The Trees, muito ruído inicial e uma distorção demasiado exagerada. Entre sorrisos, a vocalista tímida falava esporadicamente a um público que se encontrava ainda a degustar o aperitivo de entrada.
O que deixou mais impacto no concerto dos Sweet Nico foi a projeção que os acompanhou durante o volver de todo o concerto. A tela de trás mostrava várias filmagens de caras famosas femininas das décadas 60 e 70 para além de intercalar com excertos de outros filmes de culto, nomeadamente o As Virgens Suicidas. O grande problema de projeções tão belas, como as que acompanharam os Sweet Nico, foi que estas filmagens adquiriram o pano central e o concerto dos Sweet Nico serviu como banda sonora. Nem as lâmpadas fofinhas, que rodeavam os instrumentos, chamaram a atenção por muito tempo.
Além dos singles de R Evival os Sweet Nico tocaram também “Panda Heart”. No concerto destacou-se ainda a cover que fizeram a “Fade In To You”, original dos Mazzy Star.
Além dos singles de R Evival os Sweet Nico tocaram também “Panda Heart”. No concerto destacou-se ainda a cover que fizeram a “Fade In To You”, original dos Mazzy Star.
Fotografia: Martinho Mota