Reportagem: Festa Moderna vs Baile Tropicante [Musicbox – Lisboa]

Reportagem: Festa Moderna vs Baile Tropicante [Musicbox – Lisboa]

| Outubro 5, 2016 6:47 pm

Reportagem: Festa Moderna vs Baile Tropicante [Musicbox – Lisboa]

| Outubro 5, 2016 6:47 pm

Já toda a gente sabe que o Musicbox é um sitio especial, por lá já passaram todo o tipo de bandas, que deram todo o tipo de concertos, alguns destes que ficaram na memória de quem esteve presente. Não queremos especificar, comparar ou por etiquetas nas coisas, só vamos aqui falar do projeto áudio BISPO e a sua magia em 8-bit. 

Apesar de ter sido no fim de setembro, já no outono, o dia era uma sexta-feira normal da noite em Lisboa. O Cais estava repleto de pessoas, turistas e não-turistas, que apesar das diferentes ideologias tinham ali uma coisa em comum, a pura diversão. No Musicbox Lisboa a festa ia acontecer pelas mãos da Cuca Monga, editora lisboeta que assinalou aqui a sua terceira Festa Moderna numa noite especial. E isto pois os BISPO iriam tocar com La Flama Branca, num concerto que (provavelmente) nunca irá mais acontecer.




Muito depois da hora prevista para o começo da festa, as pessoas continuavam a encher o Musicbox gradualmente, e quando o ambiente já estava no ponto, os BISPO entraram então em palco, vestidos de marinheiros em alto mar. ‘Cancun’ foi a malha que abriu este concerto, primeiramente com Francisco Ferreira nas teclas e Domingos Coimbra na bateria, e depois com todos os elementos de Capitão Fausto. Logo aqui, nos primeiros acordes de ‘Cancun’, os presentes imediatamente mostraram sinais de vida, ali não era só nas filas da frente que se dançava, tudo explodiu homogeneamente. Malhas inspiradas em jogos 8-bit inundavam o Musixbox, quem estava ali podia muito bem estar em casa a jogar Pokemon (o como deve ser, no Game Boy), a ouvir a sua soundtrack imersiva e pensar no quão bem BISPO encaixaria ali.



Bispo @ Musicbox Lisboa

Assim ia o concerto rumo ao seu fim, o ambiente sempre incrível, a pista de dança sempre em movimento, tudo o que fez deste concerto um daqueles especiais, que ficam da memória de quem esteve presente. Perto do primeiro final, foi marcado um período de transição entre banda e dj set, no qual BISPO e La Flama Branca tocaram ritmos tropicais e ‘calientes’, seguindo depois a noite só com Flama em palco. Algumas pessoas decidiram ir aqui embora, os transportes já escasseavam e o cansaço de uma semana de trabalho já se começava a sentir. O importante é que todos se divertiram nesta noite, aqui não houve quaisquer excepções ou desapontamentos. Esta Festa Moderna encheu-nos o coração, e tão pouco não nos vamos esquecer dela.



Texto: Tiago Farinha
Fotografia: Daniela Oliveira
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