Reportagem: Wrekmeister Harmonies [Passos Manuel – Porto]
Reportagem: Wrekmeister Harmonies [Passos Manuel – Porto]
Dezembro 4, 2016 12:58 am
| Reportagem: Wrekmeister Harmonies [Passos Manuel – Porto]
Dezembro 4, 2016 12:58 am
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Foi no passado dia 24 de Novembro que os
Wrekmeister Harmonies passaram pelo Passos Manuel em data única para mais um
concerto organizado pela Amplificasom, que trouxe este ano uma programação rica
em bons concertos como The Body, Full of Hell, Nothing, Oathbreake e Wife, para além do já obrigatório Amplifest que
conseguiu uma das mais históricas edições da sua curta mas importante
existência.
Wrekmeister Harmonies passaram pelo Passos Manuel em data única para mais um
concerto organizado pela Amplificasom, que trouxe este ano uma programação rica
em bons concertos como The Body, Full of Hell, Nothing, Oathbreake e Wife, para além do já obrigatório Amplifest que
conseguiu uma das mais históricas edições da sua curta mas importante
existência.
Os Wrekmeister Harmonies passaram então pelo
Porto para apresentar o mais recente disco de J. R. Robinson, mentor de um
projeto que já conta com 5 discos no seu repertório e que regressou este ano
com nova formação, depois de editar em 2015 o colossal Night Of Your Ascension, um disco que contou com a participação de
cerca de 30 convidados, entre os quais Marissa Nadler, The Body e membros dos
Einstürzende Neubaten. Em Light Falls,
o disco que serviu de mote para a turné da banda, Robinson serviu-se de um
elenco bem menos extenso mas não menor na sua grandiosidade, convidando três
membros dos geniais Godspeed You! Black Emperor, que o acompanharam na sua
passagem pela Invicta. Foi uma oportunidade única para assistir ao regresso
de Thierry Amar no baixo, o possante Timothy
Herzog na bateria e a virtuosa Sophie Trudeau no violoncelo, depois de terem
atuado no Amplifest de 2012 e de uma última atuação pelo nosso país no festival
NOS Primavera Sound, em 2014.
Porto para apresentar o mais recente disco de J. R. Robinson, mentor de um
projeto que já conta com 5 discos no seu repertório e que regressou este ano
com nova formação, depois de editar em 2015 o colossal Night Of Your Ascension, um disco que contou com a participação de
cerca de 30 convidados, entre os quais Marissa Nadler, The Body e membros dos
Einstürzende Neubaten. Em Light Falls,
o disco que serviu de mote para a turné da banda, Robinson serviu-se de um
elenco bem menos extenso mas não menor na sua grandiosidade, convidando três
membros dos geniais Godspeed You! Black Emperor, que o acompanharam na sua
passagem pela Invicta. Foi uma oportunidade única para assistir ao regresso
de Thierry Amar no baixo, o possante Timothy
Herzog na bateria e a virtuosa Sophie Trudeau no violoncelo, depois de terem
atuado no Amplifest de 2012 e de uma última atuação pelo nosso país no festival
NOS Primavera Sound, em 2014.
Com um foco sobretudo no novo trabalho da banda,
o concerto começou com o tema de abertura de Light Falls, iniciando o concerto de forma tímida mas aumentando a
sua intensidade progressivamente até atingir os limites do épico que sente no
seu novo disco, um disco de raízes mais post-rock que Night Of Your Ascension e de arranjos muito subtis e trabalhados,
com clímaxs regularmente grandiosos e que assim o transpareceram na sua
performance ao vivo. A presença do violino de Sophie Trudeau é essencial e única, assemelhando inevitavelmente o som dos Wrekmeister aos dos
GY!BE, apesar da clara diferença de estilos e sonoridades entre as duas bandas.
A presença de Timothy Herzog foi bastante óbvia também, acordando qualquer um
com a sua bateria de peso que nos surgia sem aviso nos momentos mais calmos do
concerto, relembrando que os Wrekmeister Harmonies se encontram em palco e que lá estão
para surpreender quem os assiste, e a verdade é que o concerto foi
surpreendente do princípio ao fim e a única palavra que encontro para o
descrever será, como manda o cliché, épico.
o concerto começou com o tema de abertura de Light Falls, iniciando o concerto de forma tímida mas aumentando a
sua intensidade progressivamente até atingir os limites do épico que sente no
seu novo disco, um disco de raízes mais post-rock que Night Of Your Ascension e de arranjos muito subtis e trabalhados,
com clímaxs regularmente grandiosos e que assim o transpareceram na sua
performance ao vivo. A presença do violino de Sophie Trudeau é essencial e única, assemelhando inevitavelmente o som dos Wrekmeister aos dos
GY!BE, apesar da clara diferença de estilos e sonoridades entre as duas bandas.
A presença de Timothy Herzog foi bastante óbvia também, acordando qualquer um
com a sua bateria de peso que nos surgia sem aviso nos momentos mais calmos do
concerto, relembrando que os Wrekmeister Harmonies se encontram em palco e que lá estão
para surpreender quem os assiste, e a verdade é que o concerto foi
surpreendente do princípio ao fim e a única palavra que encontro para o
descrever será, como manda o cliché, épico.
Entre outros temas ouviram-se ainda “The
Gathering”, também pertencente a Light
Falls, culminando o concerto com a incrível “Some Were Saved Some Drowned”,
com J. R. Robinson a gritar alto e bom som as palavras “There is no god”,
colocando alguns dos que o assistiam num estado de quase transe, não se
conseguindo conter muito mais tempo sentados nos seus lugares. Um final
grandioso e bastante intenso que não poderia ter acontecido de outra forma, com
todos os membros da banda a mostrar o seu potencial e genialidade e a deixar
tudo o que tinham em palco. Tudo isto em menos de 50 minutos de concerto, com
Robinson a despedir-se de forma algo abrupta mas com muito sentido de humor,
referindo não ter mais músicas para tocar e não ser adepto de encores. Sem mais nada a cresecentar, a banda deixou o palco da sala portuense. Um concerto curto
para o género, mas que não terá desiludido nem um pouco quem esteve presente.
Esperemos, então, que regressem em breve e que tragam de novo mais material de qualidade.
Gathering”, também pertencente a Light
Falls, culminando o concerto com a incrível “Some Were Saved Some Drowned”,
com J. R. Robinson a gritar alto e bom som as palavras “There is no god”,
colocando alguns dos que o assistiam num estado de quase transe, não se
conseguindo conter muito mais tempo sentados nos seus lugares. Um final
grandioso e bastante intenso que não poderia ter acontecido de outra forma, com
todos os membros da banda a mostrar o seu potencial e genialidade e a deixar
tudo o que tinham em palco. Tudo isto em menos de 50 minutos de concerto, com
Robinson a despedir-se de forma algo abrupta mas com muito sentido de humor,
referindo não ter mais músicas para tocar e não ser adepto de encores. Sem mais nada a cresecentar, a banda deixou o palco da sala portuense. Um concerto curto
para o género, mas que não terá desiludido nem um pouco quem esteve presente.
Esperemos, então, que regressem em breve e que tragam de novo mais material de qualidade.