O Lisbon Psych Fest (LPF 2017) está de volta entre os dias 7 e 8 de abril ao habitual Teatro do Bairro, em Lisboa. O psicadelismo regressa novamente em peso à cidade de Lisboa e promete um fim de semana intenso de música no Bairro Alto.
Além das datas a organiação do evento, Killer Mathilda, avançou a semana passada com os primeiros nomes a fazer certame no cartaz da sua terceira edição: Josefn Öhrn + The Liberation (SE/Rocket Recordings), Dead Rabbits (UK/Fuzz Club Records), Orval Carlos Sibelius (FR/Clapping Music), Electric Eye (NO/Fuzz Club Records) e ACID ACID (PT/Nariz Entupido).
Para já encontram-se disponíveis os passes Early-bird para os dois dias de festival que têm um preço de 20€.
Josefn Öhrn + The Liberation
Josefn Öhrn + The Liberation é a nova voz e promessa do rock alternativo da Suécia, país que não é alheio a uma longa tradição de música experimental e psicadélica. Em 2016, sai o segundo álbum do projeto, intitulado de Mirage, que vê a banda esculpir amontoados e hipnóticos atolamentos com uma abordagem hipnótica que tem vindo a assegurar cada vez mais terreno na Europa, e mais recentemente, numa tour a abrir para Goat. * Uma estreia em território nacional a não perder na terceira edição do LPF.
Os Dead Rabbits surgiram em 2011. Sedeados em Southampton, Inglaterra, Banda constituída por Thomas Hayes (guitarra /, vocais) Neil Atkinson Jr. (guitarra), Suzanne Sims (bateria), Paul Seymour (keys) e Colin Fox (baixo). A sua sonoridade vai buscar ao rock sónico, estético e psicadélico dos Brian Jonestown Massacre ao mesmo tempo que se inpira no simplismo dos riffs de Lou Reed, assim como, a absurda mas poética sonoridade de Jason Pierce dos Spacemen 3/ Spiritualized.*
Sob o pseudónimo enigmático Orval Carlos Sibelius está escondido Axel Monneau, um multi-instrumentista e compositor parisiense. Influenciado pelo prog-rock dos anos 70 (Pink Floyd, Popol Vuh), o pop assimétrico (Eno, Robert Wyatt), world-music espacial e pioneiros da música eletrónica (como Cluster e Terry Riley), Orval Carlos Sibelius lançou o aclamado álbum de estreia Super Forma em 2013 com a editora francesa Clapping Music. * Três anos mais tarde lança Ascension, o mais recente disco de estúdio que apresenta agora no Teatro do Bairro.
Electric Eye são um quarteto de psych-rock oriundos de Bergen, Noruega, que vão buscar inspiração tanto ao delta blues e às ragas Hindu como ao space rock com recurso a drones. Na sua sonoridade encontramos influências desde Pink Floyd a mais recentes projetos como Wooden Shjips e Flaming Lips particularmente com o LP Embryonic. Desde então têm contado com presenças assíduas em diversos festivais como SXSW, Eurosonic, Iceland Airwaves, além de terem percorrido toda a Europa em tours, incluindo um concerto memorável na segunda edição do Reverence Festival em Portugal. *
Acid Acid passou os últimos meses a esculpir um universo de sons, buscando melodias, repetições, ambientes, drones e até algum exotismo. E o resultado é um disco de grande beleza, cheio de harmonias e inúmeros detalhes, com o propósito de guiar quem ouve rumo a um lugar místico e longínquo. Enquanto o Lado A do álbum revela um rendilhar de melodias, o Lado B arranca com a exploração de drones, para depois evoluir para um mantra liderado pelas percussões do convidado Baltazar Molina. No fnal, o regresso à realidade, à noção da passagem de tempo e a constatação da mortalidade que nos é comum, com um órgão despido mas grandioso, a render-se por fim. *
Desde a sua estreia em 2015, o festival já trouxe ao país concertos de The Vacant Lots, Dreamweapon, Desert Mountain Tribe, Black Market Karma, GNOD, The Underground Youth, Chicos de Nazca e 10 000 Russos. A terceira edição vem confrmar a vontade de apostar no actual revivalismo psych e todas as suas vertentes, desde o shoegaze, spacerock, psych-folk, krautrock, synth-pop, ao neo-psychedelic rock, post-punk, rock experimental e noise.
* informação via press-release