Reportagem: Fields Of The Nephilim [Hard Club, Porto]
Reportagem: Fields Of The Nephilim [Hard Club, Porto]
Abril 2, 2018 9:03 pm
| Reportagem: Fields Of The Nephilim [Hard Club, Porto]
Abril 2, 2018 9:03 pm
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Os Fields Of The Nephilim são definitivamente um marco na cena do rock gótico e a sua renomada importância a nível internacional – conquistada no período de lançamentos dos álbuns The Nephilim (1988) e Elizium (1990) – pôde refletir-se no passado sábado, 31 de março num Hard Club em modo “sardinha em lata”. Liderados pelo icónico vocalista Carl McCoy e com cerca de 34 anos de carreira, a banda regressava ao país oito anos depois de ter tocado no Coliseu do Porto, trazendo a palco dois dos elementos originais e, na setlist, os grandes temas que marcam a sua carreira musical muito bem sucedida. Embora (eu) não tenha chegado a tempo de ver a banda de abertura, os portugueses Bal Onirique, que regressavam a palco quatro anos após uma pausa e com nova formação, fiquei a saber que o grupo teve uma performance à altura (podem ver as fotos do concerto aqui).
Agendado para as 22h00 o concerto dos Fields of The Nephilim arrancou a horas, com a habitual cortina de fumo a tonar-se evidente assim que os ingleses subiram a palco para abrir espetáculo com o instrumental “Dead But Dreaming”, numa sala completamente esgotada e “on fire” para cantar com a banda aqueles temas que marcaram a adolescência de muitos dos presentes. Começam os primeiros acordes de “Dawnrazor” – música extraída do primeiro LP homónimo da banda – e surgem igualmente os primeiros braços no ar, passos de dança e gritos numa noite marcada por um público muito participativo e emocionado. Carl McCoy e companhia pouparam-se de palavras e tocaram o que poderia ser uma peça musical de início ao fim. Sem grandes pausas entre canções e com uma presença completamente arrasadora começaram a desenhar um dos grandes concertos de 2018.
Um dos momentos marcantes do concerto aconteceu em “Moonchild”, grande êxito da banda retirado do disco The Nephilim (1988) que mesmo antes da entrada da percussão já fazia muita gente ecoar pela sala “Moonchild!!!!!!”. Esta música é daquelas que fica colada no ouvido e um dos maiores sucessos de carreira da banda. Ver um single histórico como este ser tocado (e quase todos os que integraram a setlist do concerto de sábado) é daquelas experiências pessoais que não dá bem para explicar, é mesmo sentir e viver com ela. E foi isso que o público de sábado fez, sentiu e cantou juntamente com Carl McCoy, bem alto e com muita paixão. Seguiu-se “Prophecy”, o mais recente single da banda que não integra nenhum disco, mas que aqueceu a sala de forma indescritível.
McCoy não foi muito interativo com o público ao longo da performance (o que já era de esperar dado o seu historial), mas garantiu no Porto um concerto que foi muito competente. O vocalista ia agarrando frequentemente no microfone e suporte, andado pelo espaço livre em palco e, quando não o fazia, agarrava no suporte e cantava, olhando timidamente para público. Além disso destaque ainda para “Mourning Sun”, a última música do concerto, que levou Carl McCoy e o guitarrista Gavin King a elevarem os barços cerca 45 graus (tal como nesta foto), durante uns segundos, marcando assim uma performance abruptamente aplaudida antes de sequer terem terminado. “Thank you very much” disse Carl antes de abandonar o palco por volta das 23h00, envolto em aplausos e folia.
Com o relógio a marcar 23h03, os gritos e palmas continuavam ao rubro no Hard Club. Apesar de ter sido incrivelmente belo tinha sido um concerto demasiado curto e toda a gente queria ouvir mais um bocadinho a voz marcante de Carl.
Por volta das 23h07 o quinteto inglês cede e volta a palco para tocar mais duas músicas, dando por encerrada a sua passagem única por Portugal com “Last Exit For The Lost”, que levou uma sala inteira a cantar em uníssono com os Fields Of The Nephilim. Inacreditável e incrível, são essas as palavras finais sobre o que aconteceu e se experienciou naquele sábado até às 23h25, quando os Fields Of The Nephilim abandonaram de vez o palco. Estava ali terminado um dos concertos de 2018.
Por volta das 23h07 o quinteto inglês cede e volta a palco para tocar mais duas músicas, dando por encerrada a sua passagem única por Portugal com “Last Exit For The Lost”, que levou uma sala inteira a cantar em uníssono com os Fields Of The Nephilim. Inacreditável e incrível, são essas as palavras finais sobre o que aconteceu e se experienciou naquele sábado até às 23h25, quando os Fields Of The Nephilim abandonaram de vez o palco. Estava ali terminado um dos concertos de 2018.
Antes de terminar, volto a agradecer e a frisar a importância da promotora At The Rollercoaster que nos últimos anos criou um meio de proporcionar experiências únicas e sempre prazerosas a todos os participantes. Um bem-haja.
A foto-galeria do evento segue abaixo.
A foto-galeria do evento segue abaixo.
Texto: Sónia Felizardo
Fotografia: Virgílio Santos