Reportagem: Moaning + Metz [Hard Club, Porto]
Reportagem: Moaning + Metz [Hard Club, Porto]
Reportagem: Moaning + Metz [Hard Club, Porto]
Formados em 2007, os Metz têm vindo a estabelecer uma posição segura no panteão do rock. Reconhecidos pelas suas performances eletrizantes, o trio canadiano estreou-se pela Sub Pop com o aclamado álbum homónimo, valendo-lhes elogios positivos por parte da crítica e um culto confortável por parte de fãs do bom e saudoso rock das décadas de 80 e 90. Depois de um segundo disco que não passou de um mero sucessor, uma espécie de aperfeiçoamento do que já tinha sido praticado, os Metz procuraram uma rotura necessária para a produção do seu sucessor, Strange Peace, editado novamente pela norte-americana Sub Pop sob a supervisão de Steve Albini.
O alinhamento proposto pelo trio canadiano foi expansivo e empolgante, com “Headache” e “The Mule” a proporcionar momentos de pura catarse. Sem qualquer tipo de misericórdia, o trio canadiano atirou-se a cada um dos temas com uma explosividade e violência irrevogáveis. Adeptos de performances certeiras e sem rodeios, os Metz não estão para chachadas como encores previsíveis e aborrecidos, pelo que ao ouvir os primeiros acordes de “Acetate”, tema que tem culminado os últimos sets do trio, previa-se o aproximar do fim de um dos concertos mais sujos do ano. A premissa alterou-se, no entanto, já que a banda regressou ao palco para uma arrebatadora performance de “Wet Blanket”. O cenário de caos instaurou-se na sala mais pequena do Hard Club, que pela sua fisionomia permite um confronto mais próximo entre banda e público. Seguiram-se as invasões de palco e o crowdsurfing por parte do público que viveu os últimos minutos do concerto com toda a energia e comoção merecidas.
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