Reportagem: Conan Osiris [Maus Hábitos, Porto]
Reportagem: Conan Osiris [Maus Hábitos, Porto]
Reportagem: Conan Osiris [Maus Hábitos, Porto]
Faltavam poucos dias para o iniciar de 2018 quando Conan Osiris surpreendeu tudo e todos com uma receita inesperada de pastelaria. Adoro Bolos, o terceiro álbum do músico e produtor lisboeta pela AVNL Records, tornou-se no disco mais badalado e infame dos últimos meses, dividindo crítica e público num debate interminável sobre a legitimidade ou não de um disco que soa tão alienígena como familiar. Desde então multiplicam-se as entrevistas, concertos e performances em canais televisivos.
A restante discografia de Conan Osiris não escaparia ao alinhamento da noite, com “Coruja” e “1ovni” a representarem os únicos temas de Música, Normal, que ouviríamos durante a noite. A recepção foi, mais uma vez, calorosa, com boa parte da plateia a acompanhar os temas de uma ponta à outra. A segunda, pelo seu instrumental caótico e efusivo, transportou-nos para a euforia de uma noite de verão bem passada ao volante de um carrinho de choque. O ritmo frenético aumentaria com a chegada das icónicas “Celulitite” e da faixa que dá título ao seu mais recente disco, culminando o alinhamento com “59 Estrelas”, tema de Sreya e do seu álbum Emocional, produzido pelo próprio Osiris. Instrumental pujante e lírica descomprometida remetem-nos para as imagens de um teledisco dos Santamaria, ou de um João Baião hiperativo no saudoso ‘Big Show Sic’. Por fim, pedia-se o regresso de Conan Osiris para o tão aguardado momento que foi “Amália”, 90 segundos de puro deleite e tristeza em homenagem à figura que melhor soube cantar o choro e a o fado português.