Sky H1 |
GAIKA |
Diretamente de Brixton chega-nos GAIKA. O MC britânico apresenta-se incansável desde 2015, ano em que editou a sua primeira mixtape de produções vaporosas e vozes fantasmagóricas que bebem tanto das raízes jamaicanas como das experiências vividas nos subúrbios londrinos. Spaghetto, EP editado em 2016, viu-o integrar o catálogo da Warp, a mesma por onde editou o seu primeiro registo de longa-duração. Basic Volume, o nome do disco em questão, vê GAIKA atingir a sua total maturação, apresentando um conjunto coeso de canções politicamente conscientes de apelo à revolução. Do amor nutrido pelos ritmos caribenhos junta-se a poesia aguçada do grime e do hip hop, adornada por um universo alienígena e único de explorações electrónicas que fazem desta uma audição absolutamente imperativa. O reencontro com Portugal acontece dia 6.
Fire! |
Os Fire! são Mats Gustafsson (saxofone), Johan Berthling (baixo) e Andreas Werliin (percussão), três músicos da cena exploratória escandinava que, quando juntos, reescrevem as regras do rock e do free jazz através de uma linguagem improvisada em constante mutação. Em 2010, juntaram-se a Jim O’Rourke para uma digressão, resultando dessa colaboração o disco de estreia Unreleased. Desde então, o supergrupo sueco colaborou com o músico e compositor australiano Oren Ambarchi, expandindo-se posteriormente para uma formação de 31 membros como Fire! Orchestra. The Hands, o mais recente álbum dos Fire! e um dos melhores registos do primeiro semestre de 2018, marca o regresso da formação como trio para um trabalho de portentosas explorações sónicas capazes de demolir as fronteiras que separam o rock das suas intersecções com os domínios do jazz. Depois da abrasiva performance efetuada na última edição do Serralves em Festa, Mats Gustafsson e companhia regressam mais uma vez a Portugal para um concerto imperdível, desta feita em Guimarães para mais uma edição do Mucho Flow.
Nídia |
Nunca é demais falar de Nídia. A produtora sediada em Bordéus é uma das vozes sonantes da Príncipe, que ao longo da última década tem vindo a impulsionar alguma da produção mais desafiante da esfera da música de dança contemporânea. As suas performances eletrizantes, assim como a presença assídua em alguns dos clubes mais conceituados do mundo têm vindo a cimentar o percurso da produtora como uma das mais inovadoras figuras da electrónica mundial. Nidia é Má, Nídia é Fudida, o primeiro longa-duração lançado em 2017, assume-se como a sua obra mais recompensadora, uma onde o espírito libertador da noite lisboeta se materializa num equilíbrio perfeito entre a música do subúrbio e as raízes africanas de Nídia, do kuduro à tarraxinha, passando pela batida e o afro-house.
Black Midi |
Dos Black Midi ainda pouco se conhece. O seu repertório está longe de ser extenso, por enquanto, com apenas um single disponível desde junho. No entanto, as suas performances ao vivo têm vindo a ser descritas como autênticos festins de explorações sónicas, um híbrido de difícil categorização que junta estruturas complexas e progressivas a lirismos de sarcasmo bem apurado. A presença em festivais consagrados como o Le Guess Who, assim como o apoio por parte de alguns dos meios de comunicação mais especializados (The Fader, NME), fazem deste enigmático quarteto um dos mais curiosos e promissores atos a surgir da sombra do Reino Unido.
Os horários para o evento também já se encontram disponíveis: