Reportagem: Sallim + Jejuno [Maus Hábitos, Porto]
Reportagem: Sallim + Jejuno [Maus Hábitos, Porto]
Março 11, 2019 12:01 pm
| Reportagem: Sallim + Jejuno [Maus Hábitos, Porto]
Março 11, 2019 12:01 pm
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Sallim lançou em janeiro o seu segundo álbum, A ver o que acontece, uma deslumbrante
coleção de canções indie pop repletas de fofura, melodias orelhudas e bonitas
vozes e teclados. A sua sonoridade pode parecer casual, mas não há nada de
desajeitado na composição e produção das músicas. Tudo isto se mantém quando
estas são tocadas ao vivo, como se pôde verificar na passada quinta-feira, dia
7 de março, no Maus Hábitos. Foi no Porto o terceiro concerto de apresentação
do disco, após atuações em Lisboa e Setúbal.
coleção de canções indie pop repletas de fofura, melodias orelhudas e bonitas
vozes e teclados. A sua sonoridade pode parecer casual, mas não há nada de
desajeitado na composição e produção das músicas. Tudo isto se mantém quando
estas são tocadas ao vivo, como se pôde verificar na passada quinta-feira, dia
7 de março, no Maus Hábitos. Foi no Porto o terceiro concerto de apresentação
do disco, após atuações em Lisboa e Setúbal.
O concerto começou da melhor maneira possível, com “Outra
Vez”. Foi a primeira música que se ouviu, mas é a que mais tempo me ficou na
cabeça desde o fim do concerto. Bastou Sallim na voz e na guitarra, Lourenço Crespo
(metade dos Iguanas) no sintetizador e na drum machine para se iniciar a festa
perante uma sala que, infelizmente, nem perto esteve de encher. Sallim e Lourenço
foram variando nos seus papéis, com a vocalista a tocar também sintetizador e
Lourenço a ir brevemente para a guitarra.
Vez”. Foi a primeira música que se ouviu, mas é a que mais tempo me ficou na
cabeça desde o fim do concerto. Bastou Sallim na voz e na guitarra, Lourenço Crespo
(metade dos Iguanas) no sintetizador e na drum machine para se iniciar a festa
perante uma sala que, infelizmente, nem perto esteve de encher. Sallim e Lourenço
foram variando nos seus papéis, com a vocalista a tocar também sintetizador e
Lourenço a ir brevemente para a guitarra.
O concerto acalmou um pouco após a primeira música, até que surgiu
“Primavera Nova”, o primeiro single de A ver o que acontece. Só algum tempo
depois se ouviu pela primeira e única vez uma canção de Isula, álbum de 2016.
Foi a popular “Deserto”, que não podia faltar. Para terminar, foram tocadas as novas
canções que restavam: “A Pensar em Ti”, versão de uma música de Kridinhux que conta
com um piscar de olho aos Tom Tom Club e à melodia vocal de “Genius of Love”, e,
já sem Lourenço em palco, “O Dia Todo” e “Hoje Fico em Casa”.
“Primavera Nova”, o primeiro single de A ver o que acontece. Só algum tempo
depois se ouviu pela primeira e única vez uma canção de Isula, álbum de 2016.
Foi a popular “Deserto”, que não podia faltar. Para terminar, foram tocadas as novas
canções que restavam: “A Pensar em Ti”, versão de uma música de Kridinhux que conta
com um piscar de olho aos Tom Tom Club e à melodia vocal de “Genius of Love”, e,
já sem Lourenço em palco, “O Dia Todo” e “Hoje Fico em Casa”.
Com um bom alinhamento e uma excelente performance, Sallim
encantou o público do Maus Hábitos naquele que foi o seu terceiro concerto no
Porto. Esperemos que haja muitos mais. Entretanto poderão encontrá-la em Évora,
Lisboa, Aveiro, Póvoa de Varzim e Bragança, em concertos de aquecimento para o
Super Bock Super Rock.
encantou o público do Maus Hábitos naquele que foi o seu terceiro concerto no
Porto. Esperemos que haja muitos mais. Entretanto poderão encontrá-la em Évora,
Lisboa, Aveiro, Póvoa de Varzim e Bragança, em concertos de aquecimento para o
Super Bock Super Rock.
A setlist completa foi a seguinte:
Outra Vez
Quarto Sem Coisas
Bom Pra Mim
Primavera Nova
Se Não Acontece
Não Vale a Pena Pensar
Mais Ninguém
Deserto do isula
A Pensar em Ti
O Dia Todo
Hoje Fico em Casa
Quarto Sem Coisas
Bom Pra Mim
Primavera Nova
Se Não Acontece
Não Vale a Pena Pensar
Mais Ninguém
Deserto do isula
A Pensar em Ti
O Dia Todo
Hoje Fico em Casa
A abrir a noite esteve Jejuno, com um concerto completamente
diferente daquele que o sucedeu. Sozinha em palco, com uma mesa cheia de
material, a artista criou diferentes ambientes e texturas sonoras que encheram
a sala. Por vezes eram algo desconfortáveis (no bom sentido), com
sintetizadores dissonantes a criar alguma estranheza, enquanto que outras
tornavam-se aconchegantes. As mudanças eram subtis e quando se prestava mais
atenção percebia-se que a música já não era a mesma de há escassos minutos atrás.
Os sintetizadores e a percussão iam surgindo ou desaparecendo, às vezes num
papel principal e outras a servir de base aos outros elementos presentes.
diferente daquele que o sucedeu. Sozinha em palco, com uma mesa cheia de
material, a artista criou diferentes ambientes e texturas sonoras que encheram
a sala. Por vezes eram algo desconfortáveis (no bom sentido), com
sintetizadores dissonantes a criar alguma estranheza, enquanto que outras
tornavam-se aconchegantes. As mudanças eram subtis e quando se prestava mais
atenção percebia-se que a música já não era a mesma de há escassos minutos atrás.
Os sintetizadores e a percussão iam surgindo ou desaparecendo, às vezes num
papel principal e outras a servir de base aos outros elementos presentes.
Houve momentos em que algumas frequências pareciam estar
exageradamente altas, um bocado desequilibradas em relação ao resto e
incómodas. Não se percebeu o quão propositado era, mas foi o único aspeto do
concerto que quebrou duas ou três vezes a atmosfera que este apresentava. Foi
uma boa dose de música ambiente na qual a audiência se pode perder durante
algumas dezenas de minutos.
exageradamente altas, um bocado desequilibradas em relação ao resto e
incómodas. Não se percebeu o quão propositado era, mas foi o único aspeto do
concerto que quebrou duas ou três vezes a atmosfera que este apresentava. Foi
uma boa dose de música ambiente na qual a audiência se pode perder durante
algumas dezenas de minutos.
Texto: Rui Santos
Fotografia: David Madeira