A tempestade dos Godspeed You! Black Emperor no Hard Club
A tempestade dos Godspeed You! Black Emperor no Hard Club
Novembro 12, 2019 7:22 pm
| A tempestade dos Godspeed You! Black Emperor no Hard Club
Novembro 12, 2019 7:22 pm
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Cinco anos após a sua atuação no NOS Primavera Sound, os
Godspeed You! Black Emperor regressaram ao Porto para um concerto no Hard Club,
organizado pela Amplificasom.
Godspeed You! Black Emperor regressaram ao Porto para um concerto no Hard Club,
organizado pela Amplificasom.
Fundada em 1999, a banda é uma das mais influentes e
marcantes no universo do pós-rock, conhecida pelas suas longas composições
instrumentais, onde se podem encontrar ambientes apocalípticos, crescendos
triunfantes, drones densos e sinistros. E foi com o famoso “Hope Drone” que
abriram a setlist. Os oito músicos em palco (três guitarristas, dois
baixistas, dois bateristas, uma violinista) foram entrando ao longo da sua
duração, acrescentando-lhe camadas e subindo a intensidade gradualmente.
marcantes no universo do pós-rock, conhecida pelas suas longas composições
instrumentais, onde se podem encontrar ambientes apocalípticos, crescendos
triunfantes, drones densos e sinistros. E foi com o famoso “Hope Drone” que
abriram a setlist. Os oito músicos em palco (três guitarristas, dois
baixistas, dois bateristas, uma violinista) foram entrando ao longo da sua
duração, acrescentando-lhe camadas e subindo a intensidade gradualmente.
Finalizada a introdução, começaram a tocar “Mladic”, uma das
músicas mais intensas e poderosas da sua discografia. Uma montanha-russa
de 20 minutos que começa com violinos e um drone ameaçador e acaba num clímax
épico, repleto de distorção. Foi fantástico sentir todas as suas dinâmicas ao
vivo, ficando instaurado desde cedo um clima soturno na sala.
músicas mais intensas e poderosas da sua discografia. Uma montanha-russa
de 20 minutos que começa com violinos e um drone ameaçador e acaba num clímax
épico, repleto de distorção. Foi fantástico sentir todas as suas dinâmicas ao
vivo, ficando instaurado desde cedo um clima soturno na sala.
Ouviu-se depois algum do trabalho mais recente da banda. Tocaram
“Anthem for No State”, do seu último álbum, Luciferian Towers, e também duas
músicas novas, atualmente conhecidas por “Glacier” e “Cliff”. Destacou-se
especialmente a segunda, com os seus crescendos felizes e esperançosos a
contrastar com a atmosfera sombria mais habitual.
“Anthem for No State”, do seu último álbum, Luciferian Towers, e também duas
músicas novas, atualmente conhecidas por “Glacier” e “Cliff”. Destacou-se
especialmente a segunda, com os seus crescendos felizes e esperançosos a
contrastar com a atmosfera sombria mais habitual.
Para grande satisfação dos fãs do álbum F♯
A♯ ∞, de 1997,
concluíram o espetáculo com “The Sad Mafioso”, um dos movimentos da
faixa “East Hasting”. Os membros da banda abandonaram o palco um a um, deixando
o público mergulhado em feedback e efeitos durante mais alguns minutos.
A♯ ∞, de 1997,
concluíram o espetáculo com “The Sad Mafioso”, um dos movimentos da
faixa “East Hasting”. Os membros da banda abandonaram o palco um a um, deixando
o público mergulhado em feedback e efeitos durante mais alguns minutos.
Todo o concerto foi acompanhado por projeções de vídeo
analógico controladas ao vivo, com imagens de paisagens, edifícios abandonados,
protestos políticos e alguns efeitos visuais.
analógico controladas ao vivo, com imagens de paisagens, edifícios abandonados,
protestos políticos e alguns efeitos visuais.
A primeira parte esteve a cargo dos Light Conductor, que,
tal como os GY!BE, integram a Constellation Records. A sua performance foi
composta maioritariamente por ambientes eletrónicos que se transformavam
lentamente, com melodias e texturas a surgir e desaparecer ao longo de cada
faixa. Para terminar o concerto, os membros da banda deixaram os sintetizadores
a tocar em loop, pegaram nas guitarras e aproximaram-se dos microfones. Finalizaram a atuação de
forma dececionante, com uma simples música de rock, bastante diferente de tudo
o que apresentaram anteriormente.
Texto: Rui Santos
tal como os GY!BE, integram a Constellation Records. A sua performance foi
composta maioritariamente por ambientes eletrónicos que se transformavam
lentamente, com melodias e texturas a surgir e desaparecer ao longo de cada
faixa. Para terminar o concerto, os membros da banda deixaram os sintetizadores
a tocar em loop, pegaram nas guitarras e aproximaram-se dos microfones. Finalizaram a atuação de
forma dececionante, com uma simples música de rock, bastante diferente de tudo
o que apresentaram anteriormente.
Texto: Rui Santos
Fotografia: David Madeira