Falemos de cor, sol e composição. Gema abriu o mês de junho com o single “Logoterapia”, surgido da necessidade de “ouvir um som calmo, relaxante e, ao mesmo tempo, bem-disposto”, segundo revela em declarações à Threshold Magazine.
“Composta numa altura em que as coisas não estavam a correr muito bem”, por estar a pandemia em altas e “tudo fechado em casa”, esta música “serve quase como uma banda-sonora para relaxar”, conta o compositor lisboeta. Na tentativa de “arranjar alguma coisa positiva no meio disto tudo”, “Logoterapia” foi a primeira faixa que Guilherme Domingos escreveu ao voltar a Portugal.
O despertar para a música começou no piano em miúdo, mais tarde surgiu a guitarra. “A vontade de produzir veio depois, quando quis ouvir juntas as ideias todas que tinha na cabeça”, explica. Passou alguns anos em Inglaterra, onde decidiu misturar e produzir nas horas vagas. “Enquanto estive lá, comprei todos os pedais e instrumentos que pude e compus e produzi o meu primeiro LP”, relembra o guitarrista.
Gema começou a editar no ano passado com Leedsboa, um trabalho que nasce precisamente das experiências vividas entre Leeds e Lisboa. Define a guitarra como a voz das suas músicas e com ela canta a “Bancarrota” e uma “Tanga” ou outra, notando-se desde logo a inclinação para a “Tropicalma”.
Quanto a gostos musicais, traça um largo espectro que vai desde Connan Mockasin a Triathalon, de Stevie Wonder a D’Angelo e até de Mansur Brown a Tom Misch. Adianta, porém, que aquilo que ouve não tem muito a ver com o que depois transfere para os instrumentos.
Com uma pintura original de Filipe Martins a ilustrar o single, já podes comprar e ouvir “Logoterapia” na íntegra a partir do Bandcamp.
Fotografia por Duarte Garcia
