Os The Miami Flu regressam com novo disco, Reunion Day, editado pela editora portuense Saliva Diva e são várias as novidades. Este disco apresenta-se através de um vídeo live de dois temas já avançados “New Season” e “Freak of Nature”, gravado na sala de ensaios dos The Miami Flu, em Vale de Cambra. Estes temas falam de polos humanos, de mudança e adaptação a novas realidades presentes e futuras. Um disco atual em termos narrativos mas também em termos sonoros onde mantêm o rock psicadélico, mais polido, maduro e técnico, gravado e produzido pelo Zé Nando Pimenta dos Estúdios Meifumado.
E se por um lado este Reunion Day foi um dos vários discos adiados pela circunstância da atual pandemia, consequentemente também sofreu as suas mutações. Com isto, dá-se a entrada na banda de novos músicos da cena portuguesa como o baixista Rafael Silva, o teclista Miguel Moura e o baterista Marcelo Soares, que se juntaram ao guitarrista e vocalista Pedro Ledo fundador dos The Miami Flu: “Esta troca de membros representou sempre desafios novos e alguma frustração associada a isso, não é fácil construir novas relações, conhecer o estilo de novos músicos e adaptar tudo o que está para trás a esta nova realidade. A agravar, a pandemia chegou a Portugal dois meses antes da data planeada inicialmente para lançar o disco. Gerou-se em nós um sentimento revoltante de impotência, de não poder fazer nada contra esta situação a não ser aguardar e tentar manter o otimismo. Em 2021, a crise pandémica ainda é uma realidade, mas decidimos que não faz mais sentido guardar o disco no baú à espera de melhores dias. Continuamos otimistas para o futuro, para que possamos apresentá-lo ao vivo o mais breve possível, sem restrições e com a reabertura de todas as casas de espetáculos que nos são queridas.”
Toda a imagem do disco ficou a cargo de Serafim Mendes, artista portuense, que trabalha o conceito estético de 3D hiper realista e sensorial “que encaixou exatamente no que procurávamos – o foco nas texturas e luz”. A dinâmica interartística não fica por aqui. Em paralelo, para o lançamento deste novo disco foi desenvolvida uma peça de arte pelo artista portuense Diogo Matos.
Para a banda: “Depois de ponderarmos bastante sobre qual seria o formato de lançamento do disco chegamos à conclusão que não queríamos lançar num formato físico convencional. A música cada vez mais é consumida em formato digital e mesmo o hype à volta do Vinyl já passou o boom inicial. Decidimos então criar uma peça de arte física que embora não tenha a música incorporada, simboliza o nosso disco e a intenção por trás dele. “A peça será de edição limitada, colecionável e cada um terá a possibilidade de a montar da forma que lhe fizer mais sentido deixando à interpretação individual”.