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Super Bock em Stock 2021: o regresso da correria à Avenida da Liberdade
Super Bock em Stock 2021: o regresso da correria à Avenida da Liberdade
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Super Bock em Stock 2021: o regresso da correria à Avenida da Liberdade
Foi nos dias 19 e 20 de novembro que a Avenida da Liberdade voltou a ganhar vida, praticamente 2 anos após o começo da pandemia que a todos nos assolou. O Super Bock em Stock, voltado a esta nomenclatura em 2018, decorreu dentro da normalidade possível, com milhares de pessoas a percorrer os caminhos da baixa lisboeta para ouvir música ao vivo e dançar um pouco. Para muitas delas foi a primeira experiência de festival em pandemia, embora o uso de máscara dentro das salas fosse algo raro de se ver.
No primeiro dia, após esperar um pouco na fila das pulseiras, começámos por assistir a Mundo Segundo & Sam The Kid no Coliseu. Uma boa introdução para o festival, que atraiu principalmente os interessados pelo lado mais tradicional do hip hop tuga. Seguiu-se o rapper londrino Jelani Blackman no Capitólio, que conseguiu conquistar o seu público numa incendiária sonoridade trap misturada com grime. Após este concerto, deslocamo-nos até ao Coliseu para assistir à grande atração da noite, Django Django. Um espetáculo bastante intenso e mexido, que levou o público a dar uns passos de dança ao ritmo da banda britânica. Lava La Rue foi a artista seguinte na nossa agenda. Uma fusão agradável entre R&B e hip hop levou o Capitólio gradualmente a atrair pessoas que decerto se divertiram. Mas o prémio “Grande Surpresa da Noite” vai para Sports Team, que embora não tenhamos conseguido fotografar, rebentaram completamente com o Rossio num concerto como já não víamos desde antes da pandemia. Será que os comboios conseguiram andar normalmente?
As festividades do segundo dia começaram com Benny Sings. O artista holandês inundou o Capitólio com o seu divertido indie rock, só faltou mesmo ter aparecido Mac DeMarco para tocar a música que têm em conjunto… Seguiu-se na Estação do Rossio Primeira Dama & Sua Banda, uma fusão entre shoegaze e pop lisboeta que nos deixou bem quentinhos e preparados para a primeira explosão da noite. Iceage e o seu punk rock característico rebentaram completamente com o Coliseu, passando por clássicos como “Forever”, mas não esquecendo as malhas “Shelter Song” e “High and Hurt” do novo álbum, Seek Shelter. Foi de facto um dos melhores concertos do ano, tendo em conta a escassez de cultura que infelizmente experienciámos em 2021. Pouco antes deste espetáculo ter acabado, fomos em passo de corrida ao Tivoli para assistir à outra explosão (embora diferente) da noite. David & Miguel, não esquecendo o enorme “Marquito” Duarte e António Bandeiras, brindaram-nos com as grandes músicas do seu álbum, Palavras Cruzadas. Uma enorme diversão tanto para os presentes, como para os artistas em palco, aliada às malhas que iam tocando. Quem é a Sónia? Ninguém sabe, mas toda a gente cantou o seu nome.
E foi assim a nossa passagem por este festival, resta-nos agora esperar que não voltemos a ficar privados de cultura por muito mais tempo.
Até para o ano, Super Bock em Stock (se a pandemia nos deixar).
Fotografia: Daniela Oliveira