Moor Mother, Mary Lattimore e caroline no programa de maio da ZDB

| Maio 2, 2022 3:20 pm

Estreias, regressos e músicas de diferentes geografias marcam o roteiro da Galeria Zé dos Bois para o mês de maio. O programa de música arranca na próxima quinta-feira, dia 5 de maio, com a estreia em território nacional dos caroline (na foto), uma das mais entusiasmantes propostas a sair da nova e agitada cena rock britânica cujo álbum de estreia, homónimo, saiu no último mês de março pela histórica Rough Trade (e mereceu a atenção da Threshold Magazine na edição de abril de Cinco Discos, Cinco Críticas).

A 12 de maio, Camae Ayewa, ou seja, Moor Mother, regressa ao palco da sala lisboeta, onde atuou pela última vez em 2019, com a poesia combativa de Black Encyclopedia of the Air, o mais recente álbum da poeta e ativista norte-americana — Pink Siifu, Yatta ou Brother May são alguns dos nomes presentes na obra “mais acessível” da porta-voz dos Irreversible Entanglements. O produtor português Ariyouok, que se prepara para editar o seu primeiro disco nos próximos tempos, assegura a primeira parte.

A 16 de maio, uma das propostas mais inventivas da música de peso: chamam-se Big Brave, são o trio de Mathieu Ball, Robin Wattie e Loel Campbell, e representam “uma cúpula de nomes ímpares no cenário da música experimental contemporânea”, explica a organização. Vital, o mais recente álbum dos canadianos, é o mote para a noite que terá a sueca Fågelle na primeira parte. No dia seguinte, a banda sobe até à Sala Estúdio Perpétuo, no Porto.

Três dias depois, a 19 de maio, o aquário da ZDB volta a ser palco para mais uma estreia com a primeira passagem dos Senyawa em Portugal. A par dos Gabber Modus Operandi, o projeto de Rully Shabara e Wukir Suryadi é uma das mais interessantes propostas da ebuliente cena musical indonésia, com passagens por festivais como o polaco Unsound ou o holandês Dekmantel e colaborações com gente como Stephen O’Malley, Damo Suzuki ou Keiji Haino. Alkisah, o mais recente trabalho do duo, foi lançado em 2021 por 44 editoras diferentes espalhadas pelo mundo.

A última semana do mês é reservada à harpista norte-americana Mary Lattimore, que atua na ZDB a 29 de maio (e um dia antes no Theatro Circo, em Braga), e à dupla canadiana Pelada — o mais recente trabalho de Tobias Rochman e Chris Vargas, Movimiento para cambio, recebeu o carimbo da berlinense PAN, que abriga trabalhos de Yves Tumor, Puce Mary ou Amnesia Scanner.

Sangre de Muerdago (com Jonathan Hultén na primeira parte), Pedro Melo Alves (com Carlos Barretto no contrabaixo), MC Yallah & Debmaster e Sean Riley são outras propostas do programa que podem consultar com mais detalhe aqui.

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