John Cale é a mais recente confirmação do Luna Fest, que se realiza pela primeira vez em Coimbra entre os dias 16 e 20 de agosto. Mercy, o mais recente álbum do músico galês, é o mote para o regresso do ex-Velvet Underground a Portugal.
Editado nos metros finais de janeiro, Mercy assinala o 17º registo de Cale a solo, e o primeiro desde Shifty Adventures in Nookie Wood, de 2012. Inspirado por acontecimentos recentes, como a presidência de Donald Trump, o Brexit, a COVID-19, as mudanças climáticas e a escalada da extrema direita nos Estado Unidos, o álbum inclui 12 canções originais e conta com a participação de Dev Hynes, Laurel Halo, Weyes Blood, Fat White Family e Animal Collective.
Inconformado por natureza, Cale, que completou 81 voltas ao Sol em março, é uma das mais importantes figuras da música popular do último século. Ao longo de seis décadas, explorou um sem fim de estilos e abordagens à composição, do rock convencional às vanguardas do drone, da arte-pop e da clássica moderna, procurando sempre reinventar-se. Foi o mais fiel cúmplice de Nico, contribuindo com intricados arranjos em todas os seus trabalhos, produziu obras incontornáveis de Bowie, Patti Smith e The Stooges e colaborou com várias figuras notáveis da produção contemporânea, de Brian Eno a La Monte Young, Terry Riley e Tony Conrad.
Em Coimbra, Cale atuará no primeiro dia do Luna Fest, juntamente com o alemão Robert Görl, dos DAF, e os britânicos The Undertones e DSM IV. Devo, A Certain Ratio, Gang of Four, Buzzcoks e Black Lips são outros nomes confirmados para o evento que se realizará nessa cidade, entre a Praça do Comércio e a Praça da Canção.
Os passes de acesso aos cinco dias de festival já se encontram à venda pelo preço promocional de 127 euros.
