
Nos dias 7 e 8 de junho, o Largo do Retiro, no centro histórico de Guimarães, transforma-se novamente num espaço de celebração comunitária, onde a música, a arte, a ciência e a partilha tomam conta das ruas. O Retiro regressa com uma programação diversa e inclusiva, pensada para todas as idades e acessível a todos — a entrada é gratuita, com exceção dos workshops, que têm um custo simbólico.
No sábado, o dia começa com ciência para os mais pequenos, numa parceria com o projeto Curtir Ciência, seguida de oficinas de desenho com inspiração botânica e cianotopia — uma técnica fotográfica artesanal. Ao longo da tarde, o Largo ganha vida com tatuagens ao vivo, exposições colaborativas com escolas locais e um mercado que conta com projetos ligados à ilustração, cerâmica, têxtil e ainda a editora Cutelo Edições. Em paralelo, cresce a Árvore do Retiro, uma instalação comunitária feita pelos moradores com os artistas Luis Canário Rocha e Ana Duarte.
A música e a performance marcam o ritmo do dia: Bea Bandeirinha e Tyroliro e a já incontornável figura do Retiro La Aura sobem ao palco antes da atuação principal de Luca Argel, cantautor brasileiro que mistura samba com intervenção social. A festa prolonga-se noite dentro na CAAA, com a After Party ao som de KaliNini e Roberto Caetano.
No domingo, a chef Maria Gonzalez orienta um workshop de pastelaria criativa para os mais novos, seguido do habitual Almoço Comunitário, feito pelos e para os moradores do bairro. À tarde, há teatro, mais La Aura — agora a animar um bingo performativo — e uma última atuação da Academia de Bailado de Guimarães. O festival encerra com a ação “Pedalar sem Idade”, que convida quem tem mobilidade reduzida a passear pelas ruas da cidade de bicicleta.
Mais do que um festival, o Retiro é um gesto coletivo de proximidade e criação, onde artistas, vizinhos e visitantes se encontram sem barreiras. Uma verdadeira celebração da comunidade como obra de arte viva.