Reportagem: José Cid [Casa da Música – Porto]
Reportagem: José Cid [Casa da Música – Porto]
Março 7, 2015 7:17 pm
| Reportagem: José Cid [Casa da Música – Porto]
Março 7, 2015 7:17 pm
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Sábado, dia 28 de Fevereiro, José Cid actuou na Casa da Música. Não para tocar êxitos como “Na Cabana Junto à Praia” ou “Um Grande, Grande Amor”, mas sim para apresentar 10.000 Depois Entre Vénus e Marte, um álbum conceptual de rock progressivo lançado em 1978 que conta a história da auto destruição da humanidade e da viagem de um homem e uma mulher de regresso à Terra, para a repovoar.
Antes da viagem pelo espaço começar, ouviram-se trabalhos anteriores do músico. O concerto começou com “Vida (Sons do Quotidiano)”, a única música de um EP com o mesmo nome, e uma das melhores de José Cid. Seguiu-se “Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas”, do Quarteto 1111.
Depois, começou finalmente a aventura especial. “O Último Dia na Terra” marcou o seu início, antes de se instalar “O Caos”. O público já estava animado, enquanto a banda tocava de maneira muito competente as diferentes secções das músicas, quando chegou um dos pontos positivos da noite (e do álbum): “Fuga Para o Espaço”, uma longa e espectacular música, que não podia soar melhor ao vivo.
A viagem continuou, e músicas como “Mellotron, o Planeta Fantástico” e “10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte” mantiveram os solos de guitarra e teclados espaciais típicos do rock progressivo dos anos 70. O público cantou, bateu palmas, e José Cid, visivelmente satisfeito, gravou estes momentos mais que uma vez com o seu telemóvel, para poder para sempre recordar este concerto através de vídeos tremidos com má qualidade de som e imagem. Um concerto que definitivamente merece ser recordado.
A jornada terminou, mas já não falta muito para a sequela. Em 2016, José Cid vai regressar ao rock progressivo com um novo álbum, Vozes do Além. O álbum terá como tema a reencarnação e as letras das canções do álbum serão baseadas em poemas de Sophia de Mello Breyner e Natália Correia.
Texto e Fotografia: Rui Santos