Youthless
This Glorious No Age

| Fevereiro 16, 2016 9:48 pm


This Glorious No Age // NOS Discos // Março 2016
9.0/10

This
Glorious No Age
, apesar de apenas o álbum de estreia, marca o regresso dos
Youthless que, após o lançamento de Telemachy, o primeiro EP da banda,
abrandaram devido a uma lesão de Alex, o baterista e vocalista. Este primeiro longa duração destaca-se, também, por conter participações de Francisco Ferreira
, João Pereira, Chris Common, Francisca Cortesão e Duarte Ornelas. Apesar
de ser uma nova fase de Youthless ainda são facilmente comparáveis a Death From Above 1979 não só devido à sua composição (um duo composto por um baixista e um baterista que também utiliza sintetizadores) mas também graças
 a toda a sua energia. 

Os singles de avanço, “Golden Spoon” e “Attention”, fazem prever o que devemos esperar deste disco: uma certa semelhança ao estilo musical de Telemachy e um quase total afastamento da sonoridade de singles como “Drugs” ou “Good Hunters”. O álbum nunca pára, pouco é o silencio que se
encontra entre faixas, pelo contrário, está repleto de
pequenos interlúdios que garantem, de um modo perfeito, a continuidade do album (isto é mais notório na transição “Lightning Bolt”/”Skull and Bones” ou também na “ponte” que os 7 segundos de “Smersh” fazem entre “Neu Wave Suicide” e “Mechanical Bride” tendo um resultado incrível). 



Muitos dos temas presentes neste longa duração já tinham sido ouvidos ao vivo nos concertos da banda, na segunda metade de 2015, o que aguçou a curiosidade para escutar o resultado final em estúdio. “Skull and Bones”, “Mechanical Bride” e “High Places” captavam mais atenção que as restantes, algo que também acontece em estúdio, apesar de todas as músicas serem excelentes estas destacam-se pela sua singularidade. A faixa que partilha o titulo com o álbum, apesar de muito boa, é a que menos impressiona tendo quase uma função semelhante à dos interlúdios, acrescentar dinâmica ao registo garantindo a continuidade do mesmo.

This Glorious No Age a princípio pode soar um pouco estranho a quem não ouviu Telemachy ou “Attention” mas a sua qualidade é inegável. Apesar de apenas estarmos no inicio do ano atrevo-me a dizer que será um dos melhores álbuns nacionais de 2016. “All hail this glorious no age”.


FacebookTwitter