Madeiradig regressa em dezembro com Sofie Birch, Beatriz Ferreyra e Phew ‣ Threshold Magazine

De 8 a 13 de dezembro, o festival Madeiradig, dedicado às músicas electrónicas de cariz exploratório, regressa ao concelho da Calheta, na Madeira, para uma semana de encontros com a música e as artes digitais. O Museu de Arte Contemporânea da Madeira (Mudas), o Centro Cultural John dos Passos, bem como as falésias da Estalagem da Ponta do Sol voltam a ser epicentro para alguma da mais fundamental produção contemporânea.

A argentina Beatriz Ferreyra, pioneira na relação entre o acústico e o eletrónico que trabalhou de perto com o fundador do Groupe de Recherches Musicales (GRM), Pierre Schaeffer, é um dos destaques desta edição, tal como é Richard Skelton, figura de proa da seminal editora Type, que alberga, entre outros, trabalhos de Grouper, Yellow Swans ou Deaf Center, e que dividirá a noite de 9 de dezembro com a compositora ocotogenária. Antes, na noite inaugural do Madeiradig, a 8 de dezembro, estará Pedro Pestana, músico e designer de som da Madeira que integrou o coletivo artístico What is Watt?.

A 10 dezembro, é a vez da japonesa Hiromi Moritani, ou seja, Phew, regressar ao auditório do Mudas, onde atuou pela última vez em 2019 com a portuguesa Ana da Silva, cantora e guitarrista das históricas Raincoats. Alison Cotton, cantora e violista dedicada às composições de longa forma, assegurará a primeira parte.

No dia seguinte, a 11 de dezembro, as atenções viram-se para Sofie Birch (na foto), cantora-compositora com ligações às editoras Kulør e STROOM que tem no precioso Holotropica o seu mais recente testemunho a solo (em outubro, a dinamarquesa prepara-se para o editar o novíssimo Languoria, um encontro a dois com a polaca Antonina Nowacka). Também nessa noite, o artista navajo Raven Chacon, vencedor do prémio Pullitzer em 2021, apresenta-se na Madeira para um espetáculo que combina improvisação, ruído concreto e instrumentação variada.

Gabriel Ferrandini, percussionista português com longo historial colaborativo, tendo-se cruzado ao longo da sua carreira com notáveis da improvisação como Johan Berthling, Alex Zhang Hungtai ou John Dikeman, sobe ao palco do Mudas no dia 11 de dezembro, dia em que atua também o artista sonoro, ativista e escritor norte-americano Bob Ostertag.

Por fim, a 13 de dezembro, há encontro em palco entre as compositoras Silvia Tarozzi e Deborah Walker, cujo Canti di guerra, di lavoro e d‘amore, publicado em junho último pela reputada editora Unseen Worlds, cruza as tradição folk da Itália nativa com as força telúricas da clássica-moderna.

Os bilhetes para as sessões individuais encontram-se disponíveis através da plataforma Eventbrite pelo preço único de 20€. Já o passe geral de 4 dias possui o custo de 65€.