Faróis do noise rock, mas também do pós-hardcore e dos fenómenos mais desalinhados do rock experimental, os norte-americanos Shellac, que encontraram no nosso Primavera Sound uma segunda casa (atuaram em todas as edições do evento desde que se passou a realizar em Portugal, em 2012), são o grande destaque da programação do B.Leza, que levará ainda a colombiana Lucrecia Dalt ou os veteranos Souls of Mischief até ao clube situado no Cais do Sodré nos próximos meses.
The End of Radio, coletânea editada em 2019 e que reúne uma série de sessões registadas nos estúdios da BBC, a convite do mítico radialista John Peel, é o mais recente trabalho do power trio liderado por Steve Albini, ex-Big Black e produtor de inúmeros e renomados trabalhos da esfera alt-rock (Pixies, Slint ou Nirvana são alguns dos muitos nomes que requisitaram os dotes do mestre norte-americano). O grupo, que tem ainda o baterista Todd Trainer e o baixista (e ocasional vocalista) Bob Weston na sua formação, atua em Lisboa a 6 de junho, mais de dez anos após o seu último concerto na capital. A assegurar a primeira parte do concerto estará a portuguesa Puçanga.
Entre as novidades do programa, cujo alinhamento contava, entre outras propostas previamente anunciadas, com a comemoração dos 30 anos do clássico 93 ‘Til Infinity, dos Souls of Mischief (6 de abril no B.Leza, um dia depois no Plano B), está o brasileiro Sessa, valor emergente da nova canção brasileira que se apresentará em Lisboa no dia 22 de março (atua também no Porto, no CCOP, no dia seguinte). Antes, a colombiana Lucrecia Dalt, que passou pela última edição do festival Vivarium, regressa a Portugal para a última de três datas no país (atua no B.Leza a 3 de abril, após concertos no Festival Tremor, nos Açores, a 31 de março, no gnration, em Braga, a 1 de abril, e no Salão Brazil, em Coimbra, no dia 2 de abril).
Luca Argel (23 de março), Ferro Gaita (14 de abril), Cave Story (18 de maio) ou Odissee (25 de maio) são outras propostas que o B.Leza levará a Lisboa até ao verão.